Ele também quer retornar ao serviço

O desempregado Adelson Gomes e sua convivente Marise Menano ingressaram com ação contra a Uber do Brasil Tecnologia Ltda. Ele era motorista do aplicativo e no dia 14 de fevereiro teve cadastro cancelado, sob a justificativa de baixa aprovação para os parâmetros da região. Por isso, pede a revalidação de sua autorização para dirigir pelo serviço e R$ 7.500 mil de indenização por danos morais.

Nos autos a defesa explica que, conforme exige a Uber, o motorista comprou carro acima do ano de 2008/09, com parcela mensal de R$ 703, sendo que a única renda da casa vinha de Marise, aposentada que recebe R$ 936 por mês. Além disso, comprou celular com sistema android, gasto de R$ 708 no aparelho e R$ 99 mensais de acordo com o plano da companhia telefônica.

Conforme relatado na inicial, foram 67 viagens, com 41 horas e 22 minutos de percurso e 98% de aceitação pelos usuários. Mesmo assim o contrato foi suspenso sob argumentação de que teve avaliações muito baixas para os padrões da região, bem como a taxa de cancelamento estava alta.

De acordo com a ação as avaliações são feitas de forma anônima e sem chance de defesa por parte do motorista. “Configura-se, portanto, sistema frágil, pois obtém reclamações anônimas, o que cria insegurança diante de uma classe profissional que vem sofrendo constante boicote por parte de outras categorias que querem a exclusão da mesma, conforme pode ser notado semanalmente em diversos Estados”.

Outro – No início do mês o ex-comerciante João José da Silva ingressou com ação semelhante, alegando que foi ‘expulso’ da Uber com esse mesmo critério, a avaliação dos clientes.

Ele pediu retorno imediato e indenização de R$ 7 mil por danos morais. O juiz Juliano Rodrigues Valentim deferiu parcialmente o pedido de liminar, determinado a retomada do motorista, porém sem dar decisão sobre o valor indenizatório. (Foto Divulgação)