Atrasados: clientes da linha 112 esperaram outro ônibus

Aproximadamente 260 mil pessoas utilizam o todos os dias em . O fluxo de passageiros é grande e a lista de reclamações em relação ao serviço também. Na manhã desta terça-feira (21), por exemplo, o elevador da linha 122 – que faz o itinerário do Aero Rancho ao Terminal Morenão, quebrou quando uma cadeirante tentava embarcar. Ela e os demais passageiros tiveram de esperar até que outro ônibus passasse. 

Uma servidora pública, de 40 anos – que prefere não se identificar -, diz que utiliza a linha para ir de casa ao trabalho. Ela afirma que esta não é a primeira vez que a linha apresenta problemas. 

“Essa mocinha usa esse ônibus para ir para a escola. Conversei com a mãe dela e ela disse que esses problemas ocorrem com frequência. Hoje, todos tivemos de descer e esperar por outro ônibus. Isso é uma falta de respeito com os usuários. Pagamos R$ 3,55 e não temos um serviço de qualidade e que ofereça o mínimo de conforto”, declara.

Passageiros da linha 061 – que faz o itinerário Moreninha/ Shopping – também tiveram um motivo para criticar o serviço oferecido. No último dia 6 a porta do veículo caiu quando o ônibus saia de um ponto na frente do Terminal Rodoviário de Campo Grande – Senador Antônio Mendes Canale.

Três dias depois, uma passageira registrou peças soltas dentro do coletivo que faz a linha 413 -Núcleo Industrial.Nas três ocasiões, a equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com a assessoria de comunicação para saber o posicionamento a respeito das situações e as providências que deveriam ser adotadas em relação aos fatos, no entanto, as ligações não foram atendidas e não houve resposta dos emails encaminhados.Mais um caso de ônibus quebrado deixa passageiros a pé em Campo Grande

Nessa segunda-feira (20), 23 ônibus novos destinados à Campo Grande foram barrados em um posto fiscal por questões tributárias. Eles são os primeiros repostos nos últimos cinco anos, e são das frotas da Viação Cidade Morena e Campo Grande, que têm cerca de 25 ônibus com mais de 10 anos de uso. 

Os 23 veículos comprados neste ano, de um total de 91 carros, custaram em média R$ 400 mil cada um. Mas, apesar da novidade, funcionários do transporte coletivo afirmam que os passageiros não devem se empolgar: nenhum dos modelos possui ar-condicionado e todos vieram sem bancos estofados, conforme relatos.

Mesmo com serviço precário, dados da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) publicados pelo Jornal Midiamax revelaram que o Consórcio Guaicurus, que opera o transporte público em Campo Grande, faturou R$ 143 milhões somente entre janeiro e outubro do ano passado. E isso, porque o serviço deixou de ganhar R$ 11,9 milhões com a perda de passageiros no período, causa pela má qualidade do serviço.

A Agereg prometeu fiscalizar os ônibus a partir da troca para verificar constantemente a idade da frota. De acordo com a Lei 4.584, os veículos com mais de 8 anos não devem ultrapassar 50% da frota, ficando estabelecido o limite máximo de dez anos de idade do veículo para utilização do serviço de fretamento e de 15 anos para os articulados. Atualmente, o sistema de transporte coletivo conta com uma frota de 585 ônibus e idade média de sete anos. Com a renovação, a idade média da frota ficará em 4,9 anos. 

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