Justiça aponta ineficiência de prefeitura e suspende Festa da Farinha

‘Regiões sem asfalto e falta de medicamento na rede’

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‘Regiões sem asfalto e falta de medicamento na rede’

O juiz de direito, Luciano Pedro Beladeli, suspendeu a 12ª Edição da Festa Farinha que seria relizada nos dias 5, 6 e 7 de maio em Anastácio, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande, pela prefeitura da cidade. 

A decisão acatou uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual. Em caso de descumprimento, os responsáveis serão multados em R$ 10 mil diários.

De acordo com o MPE, o gasto de R$ 373.350,00 equivale a metade do valor destinado a cultura da cidade em 2017, que é de R$ 600 mil. O promotor João Meneghini Girelli frisou que, em uma cidade onde faltam mais de 80 tipos de medicamentos, fazer uma festa com dinheiro público pode ser um equívoco.

Na decisão, o juiz também ressaltou algumas prioridades que o executivo municipal deveria ter em relação a problemas da cidade que não são solucionadas como: ausência de aterro sanitário; falta de repasses a Some (Sociedade Missionaria Ebenezer de Anastácio); inúmeras regiões sem asfalto e falta de medicamento na rede de saúde.

No início do mês, prefeito Nildo Alves de Albres respondeu à promotoria em nota, frisando alguns pontos para convencimento da necessidade da festa. “A ‘Festa da Farinha’ não é uma inovação da atual gestão, trata-se de uma atividade criada em 2006, que visa divulgar o potencial turístico e cultural do município”, afirmou.

 

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