Funcionários do Proinc reclamam de desvio de função como agentes de combate às endemias
Prefeitura nega e afirma que o programa será revisto
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Prefeitura nega e afirma que o programa será revisto
Funcionários do Proinc (Programa de inclusão profissional, que tem recurso da União) alegam que assumem funções que não são contempladas pelo programa, e que trabalham no lugar de servidores concursados para realizarem trabalhos como agentes de endemia. Além do trabalho, reclamam de não conseguirem apresentar atestado médico, quando estão doentes, e de que a falta por doença seja contabilizada. A Prefeitura nega que eles assumam funções que não sejam do programa e que “em nenhum momento os beneficiários foram impedidos de apresentar atestados médicos”.
“Eles fazem a mesma coisa que o agente de saúde, levantamento de índices, visitam o morador. Eles assinam um termo de contrato que é renovado de seis em seis meses. Se eles pegam um atestado não ganham”, explica o marido de uma das funcionárias, que preferiu não ser identificado. Ele, que alega formar-se em Direito este ano, explica que analisou os contratos, e afirma que é “totalmente ilegal”.
Outra funcionária que afirma atuar como agente de endemias declara que na turmas dela “entraram 200 pessoas”. “A gente faz a vistoria, trabalha no mutirão e terreno baldio. Na verdade a gente trabalha suprindo uma deficiência de funcionário concursados, sai bem mais barato pro município”, critica ela.
“E outra coisa, a gente não pode ficar doente, eu já contraí dengue nesse trabalho, se você cair, você não pode pegar atestado. Se você pegar é falta”, complementou.
Regulamentação do programa
No site da Prefeitura, o edital do Proinc explica que os trabalhos “terão caráter voluntário e eventual, e visam dar atendimento de serviços emergenciais de interesse de órgãos e entidades da Administração Pública Municipal, na execução das seguintes atividades: limpeza e consertos diversos em praças, aparelhos e canteiros públicos ; capina, varrição e conservação de logradouros públicos e preparação de áreas públicas para a realização de eventos; roçado, limpeza e remoção de entulhos em terrenos baldios; obras de canalização pluvial e/ou cloacal, com sistema de tubulação e outros aspectos referentes; pavimentação de logradouros, colocação de paralelepípedos e instalação e consertos de passeios públicos; execução de obras públicas em regime de mutirão e outros serviços e obras assemelhados; atendimento a situações de emergência ou estado de calamidade pública; campanhas e ações de saúde de caráter emergencial ou para combater surtos endêmicos; realização de recenseamentos, coletas de dados ou pesquisa de interesse social, no âmbito do Município.
A Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que os funcionários foram contratados pela administração anterior e “a Prefeitura está revendo esta situação”. A administração negou que os trabalhadores estejam realizando visitas às casas. “Atualmente nossos beneficiários do PROINC não estão realizando visitas domiciliares, atividade que os mesmos realizavam na gestão anterior”, declarou. A administração também afirma que são 152 funcionários “que atuam na atividade de mutirão de limpeza, recolhendo objetos inservíveis e pneus em terrenos baldios e vias públicas”.
A Prefeitura informou que há 182 agentes de combate às endemias concursados e que estão lotados “no Serviço de Combate à Dengue, no Serviço de Combate à Leishmaniose e Serviço de Entomologia e realizam atividades previstas em suas atribuições”.
“Conforme previsto no art. 2º, inciso VIII, os beneficiários podem atuar nas campanhas e ações de saúde de caráter emergencial ou para combater surtos endêmicos. Como estamos em período chuvoso e propício ao mosquito Aedes aegypti, o trabalho executado pelos beneficiários do PROINC está sendo de grande importância”, declarou.
A administração nega que os funcionários sejam proibidos de apresentarem atestado, mas afirmou que “a legislação que regulamenta o Proinc não é explícita quanto a procedimentos nos casos de ausência ao trabalho dos vinculados ao programa por motivo de saúde. Portanto, não é possível abonar a ausência ao trabalho por esse motivo”, concluiu a Prefeitura.
Notícias mais lidas agora
- Moradores do Novos Estados vivem momentos de tensão após queda de árvore
- Horário eleitoral do 2º turno começa hoje; confira como ficou a grade de exibições em MS
- Mergulhador é contratado para furtar peixes de empresa avaliados em mais de R$ 1 milhão em MS
- Mulher é esfaqueada no tórax pelo marido e encontrada ensanguentada em frente de casa em MS
Últimas Notícias
Atirador que matou idoso em frente a conveniência é identificado e crime teria sido passional
Caminhonete de idoso teria ido parar na contramão
Cantor esfaqueado por trio em bar na região central de Campo Grande está entubado em estado grave
Begèt de Lucena foi transferido para o CTI
Fé e Devoção: Dia de Nossa Senhora é celebrado com missas e peregrinações na Capital
O dia começou na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com recitação do terço às 6h
Internada há seis dias, Raquel Brito tem diagnóstico revelado; confira
Equipe de Raquel Brito divulgou o boletim médico que revela qual foi o diagnóstico da ex-peoa, que deixou ‘A Fazenda 16’ por questões de saúde
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.