Foto de idoso dormindo na rua comove população, que se une para ajudar
Idoso foi levado para hotel, onde recebe auxílio e alimentação
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Idoso foi levado para hotel, onde recebe auxílio e alimentação
O frio divide opiniões, mas não oferece ‘meio termo’: quando é extremo, pode ferir e até matar quem não tem abrigo. Em Mato Grosso do Sul, a madrugada desta terça-feira (18) trouxe as menores temperaturas do inverno até agora. Enquanto na Capital as pessoas em situação de rua não geram comoção, em Jardim, a 239 km de Campo Grande, uma postagem que pedia ajuda para um idoso que dormia na rua não só gerou comoção, como também, mobilizou toda a comunidade que se dividiu para ajudá-lo.
A ideia de publicar em uma rede social foi do professor Ilzo Audicio Meireles, 40. Ilzo, conforme explicou, tentou auxiliá-lo e convencer o idoso, 60, de sair da calçada onde dormia, com apenas uma manta fina. No momento em que a foto foi postada, os termômetros marcavam 9 graus, mas a cidade ao sudoeste de Mato Grosso do Sul chegou a registrar 1 grau durante a madrugada, segundo o professor.
“Ele já estava há alguns dias morando na rua, sempre levo alguma coisa, um pão, copo de leite, suco. E ontem quando fui levar lanche para ele eu fiquei muito comovido, porque ele estava com um simples cobertor, em uma calçada limpa. Aí não aguentei, aquilo mexeu muito comigo, de buscar uma ordem maior, do poder público, dos vereadores e assistente social do município. Não que eles não fizessem, mas acho que era hora de gritar e pedir o socorro”, conta.
“Aí eu fiz a foto, porque tentei mobilizá-lo a subir no meu carro e levar para a igreja que eu frequento, só que ele estava bem inibido, retraído e se eu forçasse poderia gerar outra situação. Aí busquei a rede social, e por surpresa minha teve mais de 3 mil pessoas solidárias que se moveram”, conta ele, surpreso.
Ao acordar nesta terça, mais calmo, o idoso contou aos moradores que o ajudaram que se chama Aluízio de Souza, que é trabalhador rural, e é natural de Bela Vista, no sul do Estado. Em Antônio João, contou ele ao professor, teria família e filhos. Ilzo relata que ele apresentou desorientação e estava sem os documentos.
“Hoje uma assistente social esteve lá e coletou todas essas informações, de família, de documentos, de trabalho e estamos trabalhando com duas possibilidades. Primeiro em localizar a família, ver se essa família vai aceitar ele. Agora, um emprego na área rural seria bom, porque teria casa e um trabalho”, comentou o professor.
Ligue para ajudar
Viu alguma pessoa em situação de rua e precisando de auxílio? Ligue para o SEAS (Serviço Especializado de Serviço Social). O serviço auxilia na transição dessas pessoas para o Cetremi (Centro de triagem e encaminhamento do migrante). O serviço pode ser acionado pelo telefone (67) 98405-9528.
Nesta madrugada o Cetremi recolheu 79 desabrigados. A SAS (Secretaria de Assistência Social) estima que Campo Grande tenha 1,2 mil pessoas estejam em situação de rua.
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