Ela também foi roubada

Uma estudante de foi assediada e roubada em um ônibus coletivo na manhã desta terça-feira (14), na Capital. Ela publicou a violência em sua página pessoal de Facebook. Questionado sobre o assunto, o declarou que “não pode fazer nada e não tem poder de polícia”.

Conforme relatou a jovem, o assédio ocorreu em um veículo da linha 061, que faz o trajeto do bairro Moreninhas – Shopping Campo Grande. “Hoje eu estava indo pra faculdade no ônibus 061 às 7:00, com o ônibus extremamente lotado, e senti a minha calça enroscando em algo, mas achei que era na mochila do rapaz que estava logo atrás de mim. Mesmo assim, fiquei atenta, e tentei me virar um pouco, mas isso ainda continuava. Quando o ônibus parou no ponto da Afonso Pena que fica em frente ao Joaquim Murtinho, percebo que ele vai descer, e vejo ele simplesmente passando a mão em mim”, contou ela no Facebook.

“E logo berrei no ônibus e dei um tapa nele, e ele em seguida desceu do ônibus se desculpando. Com a porta ainda aberta, uma menina que havia descido, voltou pra me avisar que achava que ele estava mexendo na minha bolsa, e me dou conta que minha carteira sumiu, logo, desci do ônibus pra ver se achava ele, mas ele simplesmente sumiu de vista”, complementou.

A estudante contou que após ser assediada e roubada, percebeu que a calça havia sido rasgada. “Desesperada liguei pra minha mãe, e passado um tempo percebi que ele havia CORTADO a minha calça, ou seja, aquele enrosco que pensei ser da mochila era ele cortando minha calça. NUNCA me senti tão horrorizada, vulnerável e enojada, então, pessoal que anda de ônibus, procurem sempre se encostar em algo, e se manter atento a certos incômodos que parecem bestas em ônibus extremamente lotados (até o que não estão) para coisas do tipo não acontecerem”.

Ela perdeu o RG, CPF, título de eleitor, cartão de crédito e débito, carteirinha de estudante e o cartão do SUS (Serviço Único de Saúde), e pede ajuda para encontrá-los.

0 que disse o Consórcio Guaicurus

O jornal Midiamax consultou o Consórcio Guaicurus – responsável pelo serviço de ônibus coletivos na Capital -, para saber se há algum tipo de procedimento que é realizado quando alguma violência ocorre nos veículos ou nos terminais. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa respondeu que a jovem “deve procurar a polícia”.

A reportagem também questionou se há algum projeto para repensar a segurança em ônibus e terminais. O Consórcio respondeu que “não tem como fazer e não tem poder de polícia”.