‘Desarme o bandido, não a população’: grupo protesta contra desarmamento

Manifestantes se reuniram em frente à sede do MPF na Capital

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Manifestantes se reuniram em frente à sede do MPF na Capital

Um pequeno número de pessoas se reuniu em frente à sede do MPF (Ministério Público Federal), nos altos da Avenida Afonso Pena, pedindo a revogação do estatuto do desarmamento e aprovação no Congresso do Projeto de Lei 3.722, de 2012, que propõe novas regras para o uso de armas de fogo.

Apesar dos organizadores anunciarem um número de 300 manifestantes, contagem extraoficial feita no local não registrou sequer 100 pessoas, que gritavam palavras de ordem ‘em defesa da família’ e do porte como de arma como ‘direito à vida’.

“Quero reivindicar o direito de defender minha família contra bandidos, já que o Estado não garante a segurança como deveria”, alegou Denis Miranda, 42 anos, empresário.

Ele acredita que tendo uma arma em casa, um possível ladrão pensaria duas vezes antes de cometer qualquer crime. “Não basta só ter o registro. Quero portar e usar quando preciso. É um absurdo a inversão de valores hoje em dia”, destacou.

Quem também defendeu sei direito de se defender de criminosos foi o caminhoneiro Valter Nacer, 41 anos, que foi à manifestação acompanhado da mulher, dois filhos, além de uma cunhada. Ele também criticou o Estado, que, em sua opinião, ‘é submisso’ ao crime.

“Se a população do Espírito Santo estivesse armada não aconteceria nem metade da barbárie que aconteceu”, defendeu a aposentada Carmen Fiori, 81 anos, que acredita que atualmente os bandidos estão mais bem armados que as autoridades.

Algumas autoridades como o Procurador do Estado, Felipe Marcelo Giminez, o ex-vereador Eduardo Cury e o vereador André Salineiro (PSDB), discursaram aos presentes.

Protesto

O protesto acontece também em 13 cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Catarina, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Pará e Pernambuco.

O texto do PL 3.722 foi aprovado pela comissão especial da Câmara Federal e revoga o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003). Se o projeto virar lei, uma série de modificações para a aquisição e porte de arma de fogo no Brasil serão alteradas.

Entre as alterações propostas estão a quantidade de armas a que cada pessoa pode ter, que passa de seis para nove, a compra de munições que atualmente é de 50 por ano, passará a 50 por mês. A idade mínima para portar arma também será alterada e passará de 25 anos para 21, além da renovação do porte que hoje é feita de 3 em 3 anos e será de dez em dez anos caso a proposta seja aprovada.

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