Carros são considerados ‘vencidos' para o município

Pelo menos 70 ônibus do – grupo que tem a concessão do transporte coletivo em -, foram colocados à leilão, em cotas e individualmente, com lances a partir de R$ 28 mil. O negócio, oferecido no site Canal de Leilões, está marcado para o dia 24 deste mês, às 14 horas, no hotel Concord. Na oferta, há modelos articulados e convencionais, integrantes das viações Cidade Morena, Jaguar, São Francisco e Campo Grande. 

O anúncio diz que os bens serão vendidos no estado de conservação em que se encontram e sem garantias, cabendo ao interessado vistoriá-los antecipadamente. Pelas imagens, é possível ver um dos modelos já ‘vencido', com pintura desgastada e motor surrado. Sete dos veículos foram fabricados em 2005 e, por isso, só poderiam rodar até 2010, tendo em vista que o acordo entre o município e o Consórcio prevê veículos com até cinco anos. Os mais novos, um total de 34 carros, completam uma década de uso em 2017. Estes custam R$ 38 mil. 

De acordo com o grupo Ligados no Transporte, O problema da venda é parte desses veículos são articulados e não serão repostos, o que pode piorar a superlotação.  O problema no negócio é a contrapartida, pois no lugar de seis carros articulados, capazes de transportar até 190 passageiros, serão colocados ônibus ‘alongados', que tem capacidade para 90 pessoas, ou seja, de 1.140 mil diminui para 720 usuários. Com a redução, as linhas que perderem os carros antes de maior capacidade podem passar a enfrentar piora na superlotação. 

De acordo com a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), o serviço não vai oferecer perda na sua capacidade de transporte, e explicou a troca de 3 articulados é referente a carros aposentados e os outros três fazem as linhas troncais e serão substituídos por cinco alongados. 

Segundo Janine de Lima Bruno, diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), a venda é referente a aposentadoria dos ônibus substituídos por 90 novos veículos no primeiro semestre. “É a parte da empresa para recuperar dinheiro”, justificou. “Na medida que vai vencendo, vai substituindo”, completou. 

Sobre a ausência de veículos articulados na nova frota, Janine explicou que os carros convencionais devem ser trocados a cada 5 anos e os articulados a cada dez anos, o que de acordo com ele não aconteceu. “Substitui quando tem que fazer aumento d frota, porque a demanda teve aumento, mas no caso de Campo Grande não tivemos aumento”.  

Matéria editada às 15h11 para acréscimo de informação*