Sindicato vai convocar outras categorias
O diálogo – ou a falta dele – dos servidores estaduais junto ao governo de Mato Grosso do Sul, tem esgotado as ações das categorias. Em meio ao já sinalizado ‘reajuste zero’ – alegado pela administração em razão da crise econômica – os policiais civis planejam acampar em frente a governadoria nesta semana, onde devem permanecer por tempo indeterminado.
O convite deve ser estendido a outras categorias. É o explicou o presidente do Sinpol (Sindicato dos policiais civis), Giancarlo Miranda. “Nós abrimos inscrições para um acampamento porque na assembleia de sexta feira se dispuseram a ficar acampados em frente a governadoria pra mostrar a nossa indignação. Pode ser já amanhã ou na quarta-feira, sem data pra se encerrar, somente com o cumprimento da palavra do governo”.
“Nós estamos aí realmente consternados com a falta de diálogo. O governador não conversa, os secretários não conseguiram cumprir a palavra. Nós estamos sem perspectiva de uma melhoria, há uma grande indignação”, comentou. Unidos pelo Fórum dos servidores, os sindicalistas devem estar amanhã (6) às 9h na Assembleia para mais um protesto sobre o reajuste.
TJ começa a mediar negociação
Algumas categorias já acionaram o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que irá mediar a negociação e é uma sinalização de que os servidores podem entrar em greve. É o caso dos militares, que nesta tarde (5) realizam um protesto em frente à governadoria. A ABSSMS (Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais do quadro de Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do MS), já acionou o Tribunal, conforme explicou o tenente Thiago Mônaco Marques, presidente da Associação.
“Mas eles já disseram que a questão é praticamente zero a chance. Como eu tenho essa quinta, vou marcar com a base e vamos acionar a Justiça. Já consultei o jurídico nosso e vamos aguardar um pouco essa semana. Vamos tentar esgotar esse canal de diálogo”, comentou.
Para o presidente do Sinpol, a medida só será acionada “em último caso”. “Acreditamos que o governo tem que olhar com outros olhos. Sabemos aí do cenário de crise, da instabilidade política e econômica. Mas se não tivermos diálogo efetivo, não tem jeito. Porque o TJ deve ser acionado quando não há mais negociação com o governo e quando há possibilidade de greve”, declarou.