Com pouco repasse, São Julião pode reduzir ainda mais atendimento pelo SUS
Novos pacientes não estão sendo atendidos
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Novos pacientes não estão sendo atendidos
Após a restrição do atendimento aos pacientes do interior, o hospital São Julião pode reduzir os tratamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de modo geral. A situação acontece, segundo o próprio administração do hospital, pela defasem do contrato com o município, que atrasa nos repasses além da insuficiência dos valores que não cobrem as despesas. Os problemas são as principais queixas dos médicos que estão deixando de atender novos pacientes e mantendo apenas aqueles que já estão em tratamento. A prefeitura da Capital informou que as negociações estão em andamento.
Ao Jornal Midiamax, o administrador do hospital, Amilton Fernandes Alvarenga, explicou que os médicos que prestam serviço ao São Julião não estão abrindo vagas para atender novos pacientes encaminhados pelo SUS. O procedimento é feito a cada 3 meses e as vagas são informadas para o Sisreg (Sistema de Regulação), que faz a destinação dos pacientes para os hospitais.
“Os médicos não abriram agenda para 2018 ainda. Nós estamos com o pagamento dos médicos atrasados e enquanto não regularizar isso, eles não vão abrir [agenda]”, explica Alvarenga.
Conforme o administrador do hospital, a tentativa de negociação com o município para ter uma revisão nos gastos do contrato existe desde outubro de 2016. “Nós demonstramos essa necessidade ainda na gestão do [Alcides] Bernal, demonstramos agora na gestão do Marquinhos, levamos para o governador e estamos tentando há bastante tempo, mas com isso, chegamos ao ponto agora de não conseguir pagar os médicos”, conta.
O administrador do hospital afirma que está dialogando com os médicos para que não haja suspensão dos atendimentos, mas, os profissionais são apenas prestadores de serviço, o que permite que eles deixem de atender. “Eles [médicos] são prestadores de serviços, eles não têm vínculo com o hospital. Eles não estão disponibilizando o atendimento enquanto a gente não conseguir acertar isso”, explica.
Conforme Alvarenga, os médicos deixaram de atender, desde a semana passada, novos pacientes que chegam pelo sistema público. “Estamos conversando com eles, mas eles estão atendendo quem já estava em tratamento”, comenta.
Segundo o próprio administrador, São Julião é responsável por 80% dos atendimentos via SUS na área de oftalmologia. Pelo impasse entre hospital e município, os 23 médicos especialistas não estão atendendo novos pacientes. No local, são oferecidos tratamentos desde catarata até transplantes de córnea, que agora não há confirmação se continuarão a ser feitos.
Alvarenga explica que o prejuízo mensal que o hospital tem gira em torno de R$ 400 mil. Já a arrecadação mensal é de aproximadamente R$ 1 milhão e 400 mil. Além do valor, os repasses atrasam com frequência. “Além do problema da despesa, ainda estamos sofrendo com atraso nos pagamentos ao longo do ano ”, comenta.
Sobre a possibilidade de deixar de atender os pacientes do SUS, o diretor explica que a situação exige diálogo, mas sem a revisão, o hospital pode precisar procurar outras alternativas. “O que não é a intenção do São Julião”, concluiu.
A prefeitura da Capital informou que o contrato com o hospital está “vigente e em dia”, sem atrasos de repasse por parte do município.
Sobre a negociação do contrato com a instituição, a prefeitura explicou está em andamento, sendo “discutidas todas as possibilidades necessárias para a celebração de um novo contrato, com alterações nas cláusulas que estipulam os valores dos repasses”.
[Matéria atualizada às 17:52 para acréscimo de informações]
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