Caso Mayara: advogado quer recorrer de novo e diz que pena de 8 anos seria ‘justa’

Antes, pena poderia chegar a 30 anos

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Antes, pena poderia chegar a 30 anos

Depois de a Justiça decidir que assassino da musicista Mayara Amaral vai enfrentar júri por feminicídio, o advogado Conrado Passos – que defende o músico Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos-  disse nesta quinta-feira (19), que não descarta recorrer mais uma vez, para que o crime seja novamente desclassificado. O objetivo seria o julgamento por homicídio simples [seis a 20 anos de prisão], que tem menor ainda menor do que o feminicídio [12 a 30 anos de prisão].

“Não existe pena maior do que a do latrocínio, então qualquer uma que vir, não será motivo dele pegar a pena máxima, pois [o júri] não vai buscar uma vingança. Vai se buscar a justiça. Então, entendo que ele não pegará a máxima, pois, ele tem bons antecedentes. Não sabemos quais as qualificadoras, mas creio, que oito anos seja uma pena justa”, diz o advogado.

Luís Alberto foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de latrocínio –quando a vítima é morta que seus pertences sejam roubados- com o processo remetido à 4ª Vara Criminal da Capital. Na última quarta-feira (18), o juiz Wilson Leite Corrêa, titular da Vara, decidiu que o músico vai responder feminicídio e não mais por latrocínio, uma vez que, para o magistrado, não ficou comprovado que a intenção principal do agente deve ser a subtração dos bens da vítima. Com isso, os procedimentos passam a ser de responsabilidade do Tribunal do Júri.

Caso Mayara: advogado quer recorrer de novo e diz que pena de 8 anos seria ‘justa’

O advogado classificou a mudança como uma “vitória da Justiça”. A linha da defesa segue sendo que Mayara e Luís Alberto mantinham um relacionamento e que discutiram no motel onde o corpo da musicista foi encontrada. “Não tinha conotação de roubo. Os objetos dela já haviam sido deixados na casa dele, pois ela pernoitava lá”, alega o defensor.

Com a mudança, a defesa vai aguardar a manifestação do juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio dos Santos, para outras providências como testemunhas e pedido de liberdade. O magistrado determinou vista do processo ao Ministério Público para as providências necessárias.

Sobre o aparelho celular de Luís Aberto, que foi encontrado por uma funcionária, e entregue à polícia para perícia, o advogado finaliza dizendo que vai ajudar o acusado. “Para ele é excelente. Ele diz que vai provar até que os dois haviam combinado de comprar drogas”. 

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