Também houve redução no número de nascimentos

​Relatório divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), na última terça (19), revela que a tem índices de mortalidade materna bem abaixo da média nacional registrada em 2016.

Enquanto no Brasil a média é de 60 óbitos a cada 100 mil nascidos, na Capital a RMM (Razão de Mortalidade Infantil), indicador que mensura a probabilidade de uma mulher morrer no durante o período gestacional e até 42 semanas após a gestação, é de 43,7 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.

Para o estudo, não são consideradas mortes maternas decorrentes de fatores acidentais ou incidentais, apenas as causadas por fatores relacionados ou agravados pela gravidez.

A principal causa das mortes maternas, segundo a Sesau, é a DHEG (Doença Hipertensiva Específica da Gravidez), que acomete mulheres que estão na segunda metade da gestação, mais frequentemente no terceiro trimestre.

A incidência da DHEG é, em média, de 5 a 10%, com taxas de mortalidade materna e fetal em torno de 20%, sendo muito frequente na adolescência.

Primeira gestação, gestantes adolescentes, mulheres com mais de 30 anos, obesidade, doenças renais, diabetes, lúpus, histórico de familiares com pré-eclâmpsia ou eclampsia, má circulação e gestação com parceiros diferentes podem ser fatores de risco.

A taxa de mortalidade infantil registrada na Capital, no ano passado, foi de 10,64 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, superior à registrada em 2015, 8,78 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.

A elevação, segundo a Sesau, deve-se à diminuição no número de nascimentos. No último ano, 13.720 crianças, filhas de mães residentes em Campo Grande, nasceram na Capital.

Em 2015, houve 14.469 nascimentos em condições semelhantes. De acordo com a Sesau, a epidemia do Zika Virus, que provoca malformações congênitas no feto, pode ter contribuído para a redução do número de nascimentos.