Atos simultâneos em memória de Mayara ocorrem em Campo Grande e São Paulo
Crime foi classificada como latrocínio pela polícia e gerou polêmica
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Crime foi classificada como latrocínio pela polícia e gerou polêmica
O ato em memória da musicista Mayara Amaral, de 27 anos, organizado por amigos, familiares e integrantes de movimentos que defendem os direitos das mulheres em Campo Grande também acontecerá em São Paulo, no mesmo dia e horário. O manifesto que é contra o feminicídio praticado por três homens, acontece nas duas capitais, na próxima sexta-feira (4), às 17h (horário de brasília).
Classificada como latrocínio pela Polícia Civil, o crime levantou a discussão sobre a situação das mulheres diante o machismo e suas vítimas.
Intitulado “Nós por Nós — ato contra o feminicídio e em memória de Mayara” é divulgado, principalmente, no Facebook. Ambos os eventos trazem um breve relato de quem era Mayara e o crime praticado contra a musicista.
Milhares de pessoas, entre os atos marcados em Campo Grande e São Paulo, já confirmaram presença e mobilizam outros convidados para discutirem o tema.
Em Campo Grande a convocação conta com uma marcha que sairá da praça Ary Coelho e vai até a Orla Ferroviária.
Em São Paulo, o movimento deve discutir a forma que a imprensa trata um corpo feminino em um caso de brutal violência.
Crime
A Polícia Civil concluiu as investigações sobre a morte da musicista Mayara Amaral, de 27 anos, e descartou o feminicídio. A jovem foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte -, em um motel de Campo Grande. Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, atraiu a jovem na intenção de matá-la.
Segundo o delegado Tiago Macedo, depois que o corpo foi encontrado, na noite do dia 25 de julho, por peões de fazendas da região do Inferninho, a família registrou boletim de ocorrência informando o desaparecimento da jovem.
Uma testemunha que morava com a vítima apresentou à polícia um aplicativo que mostrou os últimos passos de Mayara depois das 16h, última vez que teria sido vista. A partir dos locais, a polícia desvendou o caso.
De acordo com a Polícia Civil, Luís é músico, baterista, e afirmou já ter tocado com a vítima. Ele foi o primeiro a ser preso, em casa, e no local, a polícia encontrou as roupas sujas de sangue, computador, telefone, CNH e o instrumento de Mayara. Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), da Piratininga, confessou que atraiu para um motel na Avenida Euler de Azevedo.
A entrada do carro no motel foi registrada às 22h de segunda-feira. O comparsa Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, conhecido por ‘Cachorrão’ entrou no motel escondido. A Polícia Civil acredita que Mayara foi morta a golpes de martelo quando percebeu que seria roubada e tentou reagir.
Depois de morta, ‘Cachorrão’ pegou os pertences da vítima e com ajuda de Luís levaram o corpo para a casa do Anderson Sanches, 31 anos, o terceiro envolvido. No local dividiram os objetos e após cerca de de oito horas com o cadáver, decidiram levar corpo para a estrada do Inferninho, onde atearam fogo no corpo e arreadores para tentar apagar as pistas.
Cachorrão e Anderson foram presos, no decorrer das investigações, com o veículo da vítima. Conforme o delegado, Luís não possuía passagens pela polícia, mas afirmou ser usuário de droga. Já os outros dois, sobretudo ‘Cachorrão’, possuem extensa ficha criminal, entre crimes tráfico de drogas e roubo à mão armada.
Ainda segundo as investigações, Luís foi o autor da mensagem enviada à mãe da vítima para tentar incriminar o suposto namorado da vítima. O trio será indiciado por latrocínio, com pena de até 30 anos, e ocultação de cadáver, pena de 3 anos.
À imprensa, Luís disse que agiu sob efeito de droga. “Não sabia o que estava fazendo. Eu já conhecia a vítima porque tocava com ela, mas não tínhamos um relacionamento”.
Revoltado, Cachorrão nega participação no crime, mas afirma que Luís teria oferecido o carro, modelo Gol, por R$ 1 mil. “Eu já vi ele com a vítima e até falei que não queria comprar. Não sou cagueta, mas quem matou foi o Luís. Ele agiu de má-fé comigo”, disse.
Anderson confirma a versão da venda do carro, mas nega a participação na morte de Mayara.
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