150 ligações clandestinas foram desligadas
Cerca de 100 pessoas fazem um protesto na rotatória da Avenida dos Cafezais com a Rua do Patrocínio, na tarde desta quarta-feira (30) depois de uma ação da Energisa que desativou cerca de 150 ligações clandestinas em uma ocupação no antigo Clube Samambaia no período da manhã A manifestação é pacífica, eles bloquearam as vias e estão batendo panelas pedindo a atenção das autoridades. Equipes da PM (Polícia Militar) estiveram.
De acordo com os manifestantes, o objetivo do protesto é chamar a atenção das autoridades. “ A gente quer chamar a atenção para que as autoridades se preocupem com as questões de moradia. Eles estão desrespeitando as pessoas”, disse Jader Jesus, um dos organizadores da manifestação.
São aproximadamente 350 famílias que ocupam uma área de 18 hectares. Eles chegaram ao local em dezembro de 2016.
Aldevir Ribeiro, que faz parte da organização do movimento disse ao Jornal Midiamax que foi protocolado no dia 30 de janeiro um pedido de regularização junto à concessionária de energia.
Para Mercedes Silva Santos, 76 anos, aposentada, o que eles querem é um acordo. “Eu sou diabética, hipertensa e cardíaca. Tomo quatro remédios que precisam ser mantidos na geladeira. O nosso apelo é para que a Energisa faça um acordo com a gente enquanto não podem passar a rede. A gente assina um contrato até regularizar. Eles podem cobrar R$ 50 de cada casa, já está bom”, disse.
Maria José da Silva, 56 anos, aposentada, também sofre de diabetes e precisa tomar insulina duas vezes por dia. “A medicação já estragou. Se eu fico sem tomar passo mal”, contou.
Segundo, Jader se eles não tiverem uma resposta das autoridades até 8h30 da quinta-feira (31) eles voltarão ao local para protestar novamente.
A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura que informou que o local se trata de uma área particular, portanto não poderia responder por ele.
Energisa
Em nota ao Jornal Midiamax, a assessoria de comunicação da Energisa confirma que foram desativadas 150 ligações irregulares.
A Energisa assegura que o objetivo é “garantir a segurança das famílias que vivem no local e proteger a rede de distribuição de energia que abastece os clientes regulares do município”.
De acordo com as informações, as ligações consumiram em média 191MWh/ano, o que equivale a R$ 95.400 mil reais/ano. O trabalho contou com 24 equipes da Energisa, além da presença da Polícia Militar.
A empresa não respondeu sobre o acordo mencionado pelos moradores, e disse apenas que “conforme a Resolução 414 da ANEEL, as distribuidoras de energia só podem regularizar o fornecimento de energia em áreas invadidas com a permissão do poder concedente: Governo, Prefeitura Municipal ou Ministério Público”.