Apesar de mudanças, contribuinte ainda vê ressalva em nomeação política no Detran-MS
Nomeação de Hashioka ocorre um dia após o ex-diretor pedir exoneração
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Nomeação de Hashioka ocorre um dia após o ex-diretor pedir exoneração
Três dias depois da operação que atingiu a cúpula do Detran-MS, acusada de praticar fraudes e corrupção, o órgão passou a ser comandado nesta sexta-feira (1) pelo peessedebista Roberto Hashioka. Mas, depois de tanta polêmica, o nome por indicação política, não empolgou os contribuintes e nem mesmo os funcionários, que apostam em funcionários públicos para chefiar o departamento.
A maioria dos contribuintes entrevistados pelo Jornal Midiamax, dizem estar certos de que apesar da exoneração da antiga turma, o modelo de nomeações políticas no lugar de servidores de carreira da brecha para a corrupção. “O clima já melhorou, mas o sindicato continua com o sonho de que a direção seja gerida por um servidor de carreira”, pontoou o Presidente do Sindicato de Servidores do Detran (Sindetran), Octacílio Sakai Júnior,
“Se é indicação, indicou porquê e para quê? É para favorecer alguma coisa”, afirma um motorista, 44 anos, enquanto aguardava atendimento durante a manhã. Pessimista quanto as indicações, ele acredita que só mudaram os nomes. “Enquanto existir indicação política, haverá problemas”, comenta.
“Enquanto não colocarem servidores de carreira no comando, e deixarem todas as informações de arrecadação e gastos bem transparente o Detran será sempre local de denúncias e escândalos. Ninguém sabe para onde vai tanto dinheiro. É taxa de vistoria, da placa, do lacre, multa, transferência, guarda, é tanta taxa que tenho até medo de pisar no Detran”, disse um motorista de 34 anos, que estava no local para fazer transferência veicular.
Entre os servidores, o clima é de espera, mas não demostraram empolgação com a mudança. “Esperamos que a nova direção proporcione estabilidade e tenha diálogo com o servidor”, disse uma funcionária. De acordo com concursados, a insatisfação com a direção começou em 2015.
A nomeação de Hashioka, em Diário Oficial, ocorre um dia após o ex-diretor, Gerson Claro, pedir exoneração do cargo, na sede da governadoria do Estado. A operação Antivírus, deflagrada na última terça-feira, atingiu a diretoria do Detran e outros políticos, acusados de praticar crimes de corrupção ativa, passiva, fraude em licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
(Colaborou: Ludyney Moura)
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