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Além de tratamento, quem tem gagueira precisa de respeito, alerta campanha

Distúrbio pode ter origem aos 3 anos de idade
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Distúrbio pode ter origem aos 3 anos de idade

Alvos de piadas e bullying, tanto na infância, como adolescência e vida adulta, as pessoas acometidas com gagueira precisam ser respeitadas. “Respeito a quem gagueja” é o tema da campanha 2017 do IBF (Instituto Brasileiro de Fluência), que foi intensificada por conta do Dia Internacional de Atenção à Gagueira, celebrado neste domingo (22).

De acordo com a fonoaudióloga e integrante do IBF, Ana Faride Camargo, a gagueira é um distúrbio da linguagem e a forma mais comum é a do desenvolvimento e normalmente é de origem genética: 46% das pessoas que gaguejam têm pais, irmão, ou filhos com gagueira.

Gagueira de desenvolvimento

Por volta dos 3 a 4 anos de idade as crianças podem passar por uma fase de disfluência, quando estão começando a desenvolver a linguagem. Se não tratada, alguns casos podem se agravar.

“78% das crianças que passam pela disfluência resolvem sem necessidade de intervenção, mas os 22%, se agravam e precisam de auxílio. Se não tratado, cada vez fica pior, pode entrar em cronicidade e vai acabar acarretando na comunicação, nos relacionamentos e pode até ser alvo de bullying”, alerta Ana.

Além de tratamento, quem tem gagueira precisa de respeito, alerta campanha

Gagueira por lesões ou psicológicas

Entretanto há casos decorrente de lesões cerebrais, devido a acidentes, por exemplo. “São adultos já com a fala desenvolvida que a fonoaudiologia atende também. Dependendo da lesão, a gagueira pode ser curada”, esclarece Ana.

Por fim, existem também a gagueira de origem psicológica, que é aliada a um distúrbio na área da psicopatologia. Nestes casos, o atendimento acontece em conjunto com o tratamento psicológico.

“O tratamento melhora muito a qualidade de vida. A pessoa vai estar conhecendo o que é gagueira, melhorando os padrões de fala e passa a se comunicar melhor. A gente trabalha muito a questão da pressão da fala, como a pessoa que gagueja, vai estar resolvendo melhor essas questões”, explica.

Cerca de de 5% da população está passando passando por período de gagueira, ou seja são 10 milhões de brasileiros que apresentam o distúrbio da fala por um período. A porcentagem de pessoas diagnosticadas com a gagueira é de 1%. Para cada quatro homens com o distúrbio, 1 mulher apresenta a gagueira.

Como agir

A fonoaudióloga alerta para o comportamento de pais e responsáveis por crianças, quando percebem os sinais. Segundo ela, existem mitos que não devem ser repetidos. “É errada a ideia de que se acriança começou a gaguejar é melhor esperar que passa ou que é melhor fingir que nada está acontecendo para que ela não tome consciência”, defende.

Durante a fase de disfluência, quando as crianças estão aprendendo a falar, aumentando o vocabulário e aprendendo a formar frases, “é importante que os pais sejam bons modelos da fala”, ensina Ana. Eles precisam “falar mais devagar. Os pais falam para a criança falar devagar, respirar, ficar calma, não ajudam”.

Finalmente, a fonoaudióloga orienta que os pais, além de esperar as crianças falarem, “reservem um tempo para dar atenção a criança, para saber o que está acontecendo na escola, saber da vida dela, propiciar momentos em que ela fale sobre os sentimentos. E nunca chamá-la de gaga”, pontua.

Nas escolas do município, os estudantes que apresentam sinais de gagueira, de acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), são acompanhados por uma equipe técnica da Divisão de Educação Especial, que oferece apoio à escola e a família, verificando cada caso e a necessidade de encaminhamento para atendimentos específicos. Identificando a gagueira, os professores são orientados sobre a forma de agir com o aluno.

Como o distúrbio requer acompanhamento clínico, a Semed explica que a Divisão de Educação Especial solicita “a presença dos pais para conscientização e orientação quanto à importância do atendimento clínico com o profissional habilitado para atendê-lo. Esses alunos são encaminhados para acolhimento em Unidades Básicas de Saúde”.

 

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