Despejo de foi constatado no ano passado

 

Após denúncia de despejo de minério de ferro da plataforma da Vale no Pantanal de Corumbá, a empresa comunicou que faz monitoramento mensal com coleta da água e que a análise do mês de maio, quando houve o “desvio operacional pontual”, não mostrou qualquer impacto.

Funcionários foram flagrados limpando plataformas da mineradora no Porto Esperança e jogando minério de ferro nas águas do . Segundo a denúncia, eles utilizam jatos de água para lançar e os restos de minério de ferro formavam uma ‘lama vermelha’ em volta da plataforma.

Vale diz que faz análise mensal de água do Rio Paraguai e não encontra irregularidadeO Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) é o órgão que autorizou o licenciamento da empresa na região. Depois da denúncia feita no Jornal Midiamax no dia 21, uma equipe do Núcleo de Emergências Ambientais esteve fazendo vistoria no dia 23 e não constatou qualquer irregularidade. “Caso tenha ocorrido lançamento de efluentes em quantidade suficiente para formar plumas de poluição estas foram diluídas e/ou dispersas pelo grande volume de água e correnteza do rio”, disse o analista responsável, Lincoln Fernandes.

No entanto, o Ibama ressaltou que não faz coleta de água. “Nós não temos como fazer análise química ou física da água do . Não há laboratórios”, disse a chefe da divisão Técnica Ambiental, Joanice Lube Battilani. Informações prestadas por funcionários da empresa ao Ibama apontam que a empresa responsável pela operação portuária realiza automonitoramento. 

Foi feito contato com a Vale sobre a água coletada no mês em que houve o despejo. De acordo com posicionamento encaminhado a equipe de reportagem, a empresa comunicou que “faz monitoramento mensal de nove parâmetros físicos e químicos da água do Rio Paraguai em pontos antes e depois do local onde mantém operações”. Segundo a Vale, os dados coletados em maio, época em que o flagra foi feito, não indicam “impactos adversos”.

Inquérito

Essa não é a primeira vez em que denúncias de crimes ambientais são feitas na região. Em fevereiro, mudanças na cor da água do rio e a morte de peixes chamaram a atenção e coincidiram com a abertura de inquérito na 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, para investigar a situação de barragens. Segundo a promotoria, o inquérito foi aberto com base em Parecer do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que apesar de solicitado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax no dia 14 de março, até o fechamento desta matéria não foi recebido.