Trabalhadores que vieram do RS para construir fábrica estão com salário atrasado

Alguns trabalhadores não recebem há dois meses

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Alguns trabalhadores não recebem há dois meses

Aproximadamente 200 trabalhadores ligados ao sindicato dos metalúrgicos irão paralisar suas atividades na manhã desta terça-feira (1º) por causa de atraso no pagamento. Segundo informações do STIMMMEMS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos de Campo Grande-MS e Região), alguns trabalhadores não recebem há dois meses.

Uma grande parcela desses trabalhadores, ainda segundo o sindicato, vieram da cidade de Erechim no Rio Grande do Sul e estão em Campo Grande a quase seis meses. Enquanto uma parte foi alojada em um hotel, outros foram para residências, mas os problemas enfrentados pelos trabalhadores vão além do atraso no pagamento.

“Eles vieram do Rio Grande do Sul e não estão tendo suporte. Um exemplo são as condições que eles estão, não tem pia para lavar, tanque e várias outras coisas. Além do atraso, [a empresa] não está dando o vale alimentação, no Hotel já não estão dando nem o café da manhã para o pessoal e eles não conseguem falar com o dono da empresa”, conta um sindicalizado.

A empresa responsável pelo pagamento dos trabalhadores é a Intecnial e sua sede está localizada na cidade de Erechim, de onde os trabalhadores vieram. Ela foi contrata pela ADM (Archer Daniels Midland Company) do Brasil, que compõe um dos maiores grupos mundiais de agronegócios, para administrar a construção da fábrica de proteína de soja localizada no Indubrasil.

Trabalhadores que vieram do RS para construir fábrica estão com salário atrasadoAinda segundo o sindicato, esta não é a primeira vez que a empresa atrasa o pagamento dos trabalhadores, mas isso nunca aconteceu em um período tão longo. “Sempre estava atrasando, mas agora atrasou muito”, conta. Mas o sindicato destaca que a ADM tem repassado a verba corretamente para a Intecnial, mas a empresa não tem repassado para os trabalhadores.

Procurando solucionar o problema, os quase 200 trabalhadores irão se reunir às 6h30 desta terça-feira em frente a construção da fábrica em forma de protesto. A reportagem entrou em contato com a Intecnial, mas foi informada que o local funciona em horário comercial e já estava fechado.

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