Terceirizados do Hospital Universitário paralisam serviços de manutenção
Paralisação continua até às 15 horas
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Paralisação continua até às 15 horas
Funcionários contratados pela empresa Maximu’s Terceirização e Serviços Eireli, que presta serviços ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, paralisaram os serviços na manhã desta quarta-feira (9), por falta de pagamento. Os 115 trabalhadores alegam que os atrasos são constantes e que estão cansados de trabalhar para pagarem juros.
O auxiliar de serviços gerais, Nélson Dias Osório, de 50 anos, diz que por falta de pagamento não conseguiu comprar os medicamento da esposa que sofre com problemas cardíacos.
“Os salários estão atrasados. Tenho uma mulher doente que sofre do coração e não consegui comprar os remédios dela. Estou com luz, água, tudo atrasado. Como pago minhas contas depois do vencimento, acabo pagando jurus muito alto. Esse é um problema muito sério”, frisa.
“Já recebi aviso de corte de luz. Todos os meses é isso, sempre atrasa o nosso salário. Estou há três meses aqui e só em fevereiro recebi em dia. Tenho pagado jurus em todas as contas”, lamenta o funcionário José Marcelino Barbosa da Silva, de 38 anos.
Nesta manhã os funcionários se reuniriam no pátio do hospital e decidiram paralisar os serviços. O vice-presidente do STEAC-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e conservação de Mato Grosso do Sul), Ton Jean Ramalho Ferreira, de 40 anos, afirma que está em negociação com a direção da Maximu’s, no entanto, não descarta a possibilidade de paralisação definitiva.
“Todos os meses os salários são pagos com 10 dias ou mais de atraso. Apenas no mês passado pagaram no quinto dia útil, como prevê a lei. Reivindicamos que paguem o salário referente a fevereiro e se isso não acontecer vamos fazer uma assembleia e anunciar greve para a próxima segunda-feira (14). Estou conversando com a direção da empresa, eles se mostraram interessados em solucionar o problema, mas até agora nada”, declara.
O vice-presidente do Steac-MS diz ainda que orientou os funcionários a verificarem se o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) está sendo depositado. “Tivemos a informação de que o benefício de alguns trabalhadores não está sendo depositado”.
O supervisor da empresa, Alex Vilagra, de 44 anos, defende que o pagamento está sendo providenciado.
“Estou em contato com um representante de Belo Horizonte. Ele comunicou que está aguardando o posicionamento da direção para fazer a liquidação do pagamento”, justifica. Vilagra alega que a Universidade não efetuou o pagamento para a empresa, no entanto, a alegação foi questionada pelos funcionários. “Eles venceram a licitação, deveriam ter dinheiro em caixa para no pagar até receberem da Universidade. Se não fazem isso, não devem ter o patrimônio que informaram”, observam.
A paralisação começou por volta das 7 horas e deve permanecer até as 15 horas. Caso os salários não sejam depositados, os funcionários devem aderir greve na próxima segunda-feira.
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