Taxa extra cobrada em residencial gera reclamações de moradores

Moradores reclamam que taxa seria ‘indevida’; administração nega.

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Moradores reclamam que taxa seria ‘indevida’; administração nega.

Uma taxa extra que seria cobrada no Residencial Busanelli I, localizado na Rua Cláudio Coutinho, no Bairro Campo Nobre, gerou diversas reclamações de moradores. Além da taxa de condomínio de R$ 60 mensais, o residencial passará a cobrar um valor extra para construção de muro de divisa com o Busanelli II. A taxa é no valor de R$17,33 mensais no período de um ano.

Segundo a administração do local, o muro seria construído para evitar tráfico de drogas feitos entre as duas unidades. A presidente do Conselho Fiscal do prédio, Katiane Vale de Farias, argumenta que a cobrança do valor extra para pagamento de despesas emergenciais está prevista na Convenção da Caixa Econômica Federal para o empreendimento Minha Casa Minha Vida. Sendo assim, segundo ela, a taxa não seria abusiva porque é um problema antigo e urgente, que sempre gerou reclamações de diversos moradores.

A cobrança da taxa foi aprovada em Assembleia Geral Extraordináreia realizada na manhã deste domingo (12). Na reunião, apenas 20 dos 384 moradores tiveram direito a voto, porque estão adimplentes do período de dezembro de 2014, onde o residencial foi entregue, até o presente momento. No entanto, os moradores alegam que estão em dia com o pagamento. “Antes esse prédio não tinha CNPJ e nós pagávamos por recibo. Mas o síndico extraviou esse caderno onde anotávamos o pagamento, e agora não posso anotar”, explica a agente de limpeza escolar, Fernanda Reina, de 28 anos.

Outra moradora, que não quis se identificar, alega que saiu da reunião ‘passando mal’ porque ‘não teve direito de falar’. Ela cita a cobrança de outras taxas, o que a administração do local nega. “Querem que a gente pague até pela reforma no parquinho e instalação de toldos nas portas. Essas 20 pessoas que tiveram são todas próximas deles, por isso que elas podem votar”, diz.

A presidente do Conselho Fiscal nega as acusações e diz todas as pessoas que fizeram o pagamento em dinheiro receberam um recibo com carimbo. “Essas pessoas que estão reclamando estão sim inadimplentes. Se eles tivessem em dia, a gente não tinha um deficit de R$200 mil. Nós contabilizamos o valor de R$ 26 mil pagos em dinheiro”, diz.

Em nota, a administração do local informou que estão “a disposição de todos para prestar quaisquer esclarecimentos e apresentar documentação que comprova todas as ações realizadas pela atual administração”.

 

 

 

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