Suposto autor de morte das irmãs no Japão ainda não foi indiciado pelo crime

Maria não descarta possibilidade de recorrer a ONU para trazer as netas

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Maria não descarta possibilidade de recorrer a ONU para trazer as netas

Maria Aparecida Amarilha Scardin, mãe das campo-grandenses Amarília Maruyama Kimberli Akemi, de 27 anos e de Michele Maruyama, de 29 anos, mortas no dia 31 de dezembro de 2015, no Japão, retornou ao Brasil, nesta segunda-feira (21), sem conseguir trazer a netas, que estão sob a guarda do governo japonês.

Foram 75 dias em solo japonês sem nem sequer conseguir visitar as netas, de 3 e 5 anos. “Não consegui visitá-las, o governo me proibiu. Eles (governo) exigiram um documento de guarda para que eu possa trazê-las de volta ao país”, explica.

Agora a luta de Maria Aparecida será para obter do governo brasileiro o documento que a autoriza a trazer as netas. “Se não conseguir vou apelar para a ONU (Organização das Nações Unidas)”, fala.

De acordo com Maria Aparecida, o suposto autor dos crimes, o marido de Akemi, de nacionalidade peruana, ainda não teria sido indiciado pelos crimes e estaria preso por dirigir embriagado e pela polícia ter encontrado em seu apartamento um vídeo-game de uma das irmãs.

“A sensação é de impotência diante de tudo, principalmente, por ter de deixar as meninas lá (Japão)”, fala. Na sexta-feira (18) Maria teria prestado depoimento às autoridades japonesas, depois de ter informações por amigas de suas filhas, que o sogro de Akemi, teria falado para o filho atear fogo no apartamento para não deixar provas.

Maria Aparecida Scardin pretende fazer um velório para as filhas antes de levantar um monumento em homenagem às irmãs.

O crime

Amarilia Maruyama Kimberli Akemi, de 27 anos, foi assassinada na cidade japonesa de Handa, no dia 31 de dezembro. De acordo com a imprensa local, ela teria sido estrangulada, e o local incendiado posteriormente.

A outra mulher ainda não foi identificada oficialmente, mas a polícia suspeita que seja a irmã de Akemi, Michele Maruyama, de 29 anos, que também é de Mato Grosso do Sul.

A perícia constatou que os corpos eram de duas mulheres e que as mortes foram causadas por estrangulamento, e posteriormente o apartamento foi incendiado com gasolina. A polícia encontrou um galão de gasolina praticamente vazio deixado sobre a pia da cozinha.

O marido de Akemi, de nacionalidade peruana, é investigado como suspeito do crime e  foi detido no dia do incêndio, quando dirigia um veículo acompanhado das duas filhas de Akemi, de 3 e 5 anos de idade. 

Testemunhas afirmam ter visto uma pessoa parecida com o peruano perto do local do crime e também retirando objetos de um carro estacionado no local.

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