Ação contra passageiro em ponto foi considerada agressiva

 

O Seesvig (Sindicato dos empregados em empresas de segurança e vigilância de ) convocou a imprensa nesta sexta-feira (21) para posicionar-se sobre o segurança que imobilizou, de maneira agressiva, um jovem que entrou em um ônibus coletivo sem pagar a passagem. Para o sindicato, a Karbeck – empresa responsável pelo vigilante -, e a precarização do trabalho podem ter causado o episódio, e defendem que o caso não representa a classe.

“Foi um fato isolado, a ação de ontem não é o que aprendemos na academia. A empresa é legalizada mas não apresentou contratos de trabalho dos vigilantes para o sindicato, o que é uma norma apresentar e sso deixa o trabalhador em fragilidade”, explicou o presidente do Seevig, Celso Adriano Gomes da Rocha.

Celso afirma que ‘o problema maior é que a empresa não nos dá condições de trabalho e nem garantia de direitos’. “A diária que deveriam receber é de 100 a 120 reais, mas a empresa paga muito menos do que esse valor e faz um pacote mensal. Cada vigiliante deveria passar por 21 dias de curso e fazer uma reciclagem a cada ano. Não tenho o contrato e não posso afirmar que eles passaram pelo curso e pela renovação”, complementa.

Outro fato que indica a condição precária, de acordo com o presidente, é que os vigilantes não tem banheiro nem água potável para utilizar durante o serviço.

Auxiliar administrativo da Karbeck, Yago Yamaura declarou que aguarda a liberação das imagens gravadas pelas câmeras onde o caso aconteceu, mas que, ainda nesta sexta-feira, a empresa deve emitir posicionamento. De acordo com ele, o proprietário da Karbeck tenta a liberação do vídeo junto ao Consórcio Guaicurus.

O caso

14800875_10154602186007346_1111424889_n.jpgUm vídeo gravado por uma testemunha na tarde de quinta-feira (20), mostrou o momento em que um jovem foi imobilizado no Ponto Pegue Fácil, da Rua 14 de Julho com a , após entrar em um ônibus sem pagar. A detenção foi feita por um segurança do local e provocou confusão.

A testemunha que filmou a ação relata que jovem é conhecido pela região, por ‘perambular’ na Praça Ary Coelho. Ele teria entrado pela porta de trás do ônibus, e em seguida, de acordo com a testemunha, foi arrancado e jogado no chão pelo segurança.

“Nós pedíamos para que ele parasse, mas ele continuou. Até que um dos passageiros perguntou o que precisava fazer para que ele parasse as ‘agressões’ e ele disse que era só pagar a passagem. O jovem então foi lá no guichê e pagou a passagem do rapaz”, relata a passageira.

No vídeo, o segurança tenta enforcar o passageiro e aplicar golpes de artes marciais. O Jornal Midiamax indagou a assessoria de imprensa do Consórcio Guaicurus, sobre a situação e se os seguranças contratados passam por algum treinamento, mas não obteve resposta.