Sem-terra protestam na prefeitura contra fechamento de escola agrícola

Desde o início do ano comunidade escolar é prejudicada 

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Desde o início do ano comunidade escolar é prejudicada 

Um protesto contra o fechamento da Escola Agrícola de Sidrolândia, município a 70 quilômetros de Campo Grande reuniu cerca de 200 pessoas em frente a Prefeitura da cidade. Entre manisfestantes estudantes, professores e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A escola fica localizada no Assentamento Capão Bonito II e atende cerca de 70 alunos da região. Outros 18 trabalhadores da unidade escolar também seriam prejudicados com o fechamento.

Segundo o membro da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Jonas Carlos da Conceição, o objetivo da manifestação é mostrar o descaso com a educação pública realizada pelo prefeito Ari Basso (PSDB). “As nossas crianças e adolescentes assentados dependem dessa escola para estudar, o deslocamento para a cidade é complicado e com certeza a unidade escolar, dentro do assentamento, tranquiliza os pais dos alunos. O fechamento foi à gota da água”, afirma.

Jonas Carlos disse ainda, que este será o primeiro manifesto de muitos, se o prefeito mantiver o fechamento da escola e a desvalorização dos profissionais em educação. “Os 18 funcionários, professores e administrativos da escola, estão sem receber desde fevereiro, os alunos já denunciaram que os motoristas do transporte escolar se recusam a transportá-los. Vamos dar o respaldo jurídico necessário para as famílias assentadas procurarem os seus direitos”, disse.

Segundo o grupo que protestou informou, a prefeitura alega que o funcionamento da EFASIDRO (Escola da Família Agrícola), que aplica a chamada pedagogia da alternância voltada aos filhos de assentados, está ameaçado porque a entidade mantenedora (uma organização não governamental) apresentou prestação de contas incompleta que impediu a instituição de ter sua maior fonte de financiamento, os recursos do Fundeb nos últimos dois anos (2015 e 2016).

O MST cobra da Prefeitura Municipal de Sidrolândia uma ação concreta para que o impasse seja resolvido, se há problemas com organização mantenedora de fato, que eles sejam resolvidos de maneira que não prejudique a comunidade escolar e a escola volte a funcionar na normalidade e com os recursos necessários. A Prefeitura ainda não se manifestou.

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