Quer estacionar no centro? pesquisa aponta insuficiência de 50% no número de vagas

Segundo Fecomércio, número impacta diretamente nas vendas de Natal  

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Segundo Fecomércio, número impacta diretamente nas vendas de Natal

 

Mais da metade das 1,7 mil vagas de estacionamento disponíveis, com Parquímetro, no centro de Campo Grande estão constantemente comprometidas e a situação prejudica o comércio na região. A informação é resultado de uma pesquisa realizada pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul), divulgada nesta quarta-feira (30).

Além da utilização das vagas por empresários e trabalhadores da área central, o presidente da Fecomércio, Edison Araújo, diz que a falta de rotatividade nas vagas é outro complicador que atrapalha a vida de quem tenta fazer compras na região central da Capital. Segundo ele, as pessoas não respeitam o limite de duas horas nos locais controlados por parquímetros.

Conforme dados da pesquisa, 70% da população pretende fazer compras de natal no centro, mas grande parte desiste justamente pela falta de vagas. Como forma de viabilizar as compras, Edison Araújo afirmou que caso funcionários e empresários conseguissem outra alternativa para estacionar, o comprometimento de vagas cairia de 50% para 20%.

“A única saída, a curto prazo, seria que empresários e funcionários tivessem alternativa para estacionar. Também é necessária a conscientização dos clientes que não cumprem a rotatividade, com complemento de uma fiscalização mais efetiva, inclusive, para que as vagas de idosos e deficientes também devem obedecer essas duas horas”, explica o presidente.

Atualmente, a região central possui 2,1 mil vagas, sendo que deste número, cerca de 823 são utilizadas pelos trabalhadores ou empresários. “As pessoas têm que aprender a conviver com essa redução do numero de vagas. Elas também precisam se conscientizar da importância do uso do transporte coletivo, que precisa ser melhorado”, completou.

De acordo com os dados, a maioria dos estacionamentos privados possuem entre 20 e 30 vagas (33%), seguido por aqueles que possuem entre 41 e 50 (20%). Desses, ainda, 57% possuem convênio com lojas. 

O levantamento foi feito entre os dias 25 de outubro e 3 de novembro. Foram entrevistados os donos das lojas, funcionários e clientes do perímetro que compreende a Avenida Mato Grosso e Avenida Afonso Pena, as Ruas Calógeras, 14 de Julho, 13 de Maio, Maracaju, Antônio Maria Coelho, Dom Aquino, Marechal Rondon e Barão do Rio Branco.

Outros dados – A pesquisa apontou ainda que entre os entrevistados, 43,15% frequentam a região central de 3 a 4 vezes por semana, enquanto 26% vai ao local apenas uma vez. 36,43% costumam fazer a visita de carro, enquanto 39,58% vai de ônibus e outros 17,47% de moto. O restante utiliza bicicleta ou vai a pé ao centro.

Dos entrevistados, 58,87% afirmaram que possuem carro e elencaram motivos para não utilizá-los na região central. 49,2% apontaram questões financeiras, enquanto 12,3% disseram ter dificuldades para encontrar vagas. Outro motivo para não utilizar o veículo seria a mobilidade urbana, 26,74%.  

A pesquisa não apresentou dados sobre os prejuízos causados aos comerciantes, diante da falta de vagas. Além do presidente, a economista Daniela Teixeira também participou da reunião. Segundo Fecomercio, estimativa é de que a data do Natal movimente R$ 43 milhões no comércio local. 

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