Procurador do MPT diz que briga entre Solurb e Prefeitura prejudica catadores
Pelo menos 40 trabalhadores particitam da reunião
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Pelo menos 40 trabalhadores particitam da reunião
Cerca de 40 catadores de materiais recicláveis que foram retirados do aterro sanitário do Bairro Dom Antônio Barbosa participam de uma reunião na sede do MPT (Ministério Público do Trabalho), na tarde desta terça-feira (22), para tentar solucionar o problema de falta de material para trabalho, gerado com o fechamento do lixão.
Os trabalhadores pedem por uma ampliação da coleta seletiva que seja suficiente para atender a todos os 424 catadores, que agora precisam dividir o material reciclável com outras três cooperativas na UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos). A diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Ritva Vieira afirmou que a Solurb impôs o pagamento de aditivos para começar a próxima etapa da coleta e o Executivo não tem caixa para isso agora.
Já o superintendente da Solurb, Elcio Terra destacou que a Prefeitura precisa se posicionar de uma forma mais efetiva. “Nós temos dois problemas, falta de material e muita demanda. Nós concordamos que precisa expandir a coleta e melhorar a qualidade. É só o pode público remunerar por isso”, disse.
O procurador do trabalho Paulo Douglas de Almeida Moraes saiu em defesa dos catadores, afirmando que a empresa e o Executivo estão deixando que uma briga entre os dois respalde em pessoas inocentes. “Essa briga não interessa a sociedade. Queremos um apoio. Se duas áreas de ampliação são suficientes, então isso tem que ser feito”, argumentou.
Os trabalhadores ainda mencionaram da qualidade do serviço prestado pela empresa, afirmando que junto com o material reciclável são entregues restos de animais, cacos de vidro e até bicho peçonhentos.
Elcio rebateu, afirmando que isso é uma questão cultural da sociedade, que ainda não sabe separar o lixo corretamente. Ritva por sua vez, destacou que os resíduos podem estar relacionados ao uso do caminhão compactador que não estaria bem regulado. O superintendente da Solurb alfinetou que se está desregulado, é porque falta fiscalização da agência.
O vereador Alex do PT, que participa da reunião, chegou a mencionar que dadas as circunstâncias, o jeito seria despejar os resíduos da cidade direto na UTR.
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