Dados da Sesau indicam 104 casos desde janeiro

Após a divulgação dos dados registrados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), que revelam 104 casos de meningite em Campo Grande desde janeiro, a Prefeitura nega que a Capital tenha um ‘surto' da doença.

A administração municipal divulgou nota de esclarecimento nesta quarta-feira (5), e explica que “não existe evidências de casos que caracterize a existência de surto por meningites no município”.

A Sesau monitora todos os casos suspeitos e confirmados no município e as medidas de controle pertinentes são desenvolvidas. Com isso, se necessário fosse, a cadeia de transmissão da doença seria quebrada e eventuais casos secundários seriam interrompidos, impedindo surtos e epidemias. Informamos que a vacina contra para crianças está disponível na rede básica de saúde”, afirma.

Casos 

Na tarde do dia 28, o advogado Fabiano Jacobina Stephanini, de 43 anos, filho do desembargador do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Carlos Stephanini, morreu vítima da doença.

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria, o advogado recebia tratamento na rede particular de saúde. Conforme os registros, apesar dos 104 atendimentos realizados desde o início do ano, não havia registro de óbito pela doença. Também não há dados que indiquem aumento significativo de meningite em períodos específicos.

Meningite

O Portal Saúde afirma que a meningite é um processo inflamatório das meninges, ou seja, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, parasitas, fungos, ou também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as mais preocupantes para a saúde pública, considerando a capacidade de transmissão da doença, a bacteriano apresenta maior gravidade. 

Os sintomas geralmente consistem em dores de cabeça intensas e repentinas, febre, náusea, vômito, fotofobia (baixa tolerância à luz) e enrijecimento do pescoço. Bebês e crianças são mais suscetíveis à doença.

No Brasil a meningite bacteriana se torna mais comum no inverno e a viral no verão. As vacinas são específicas e debem obedecer o calendário de vacinação da criança estabelecido de acordo com o Programa Nacional de Imunização. O tratamento é medicamentoso e definido depois de confirmado o tipo de meningite.

Recomenda-se que coleta de material para o diagnóstico etiológico, seja líquor, sangue ou outros, sejam feitas antes de iniciar o tratamento. A vacinação é considerada a maneira mais eficaz de limitar a disseminação da epidemia.