Paralisados desde terça, agentes de limpeza da UFMS ameaçam greve

Funcionários estão sem receber salários e com férias atrasadas

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Funcionários estão sem receber salários e com férias atrasadas

Paralisados desde terça-feira (14), agentes de limpeza da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ameaçam entrar em greve a partir da próxima semana. Eles fizeram uma manifestação ao redor do campus da universidade nesta manhã.

Os funcionários são da Douraser, empresa terceirizada, que embora tenha recebido o repasse da UFMS, ainda não fez o pagamento dos salários, que deveria ser efetuado até o 5° dia útil. “O repasse já foi feito no dia 3 de junho e eles continuam alegando que não tem dinheiro para pagar. Por isso, vamos entrar com o pedido de greve por tempo indeterminado. Só assim o dinheiro aparece”, diz o presidente da Steac (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação), Wilson Gomes da Costa. 

Paralisados desde terça, agentes de limpeza da UFMS ameaçam greveEle explica, que além do atraso dos salários, os funcionários também estão sem vale-alimentação e com férias atrasadas, além de haver escassez de materiais de limpeza e EPI (Equipamento de Proteção Individual).

Enquanto a situação não é resolvida, os trabalhadores relatam dificuldades para pagar as contas e se manter. “Eu já fui despejada de casa porque não tinha como pagar o aluguel. Estou sem luz, água e sem alimentos dentro de casa. Tá difícil, porque temos nossos compromissos, né?”, diz a funcionária Ana Paula Pereira Bento, de 26 anos, sobre o atraso dos salários. Ela conta que atualmente está morando com a irmã até poder pagar as contas.

O funcionário Reginaldo dos Santos, de 38 anos, também passa por situação semelhante: “Trabalho aqui há 20 anos e minha esposa também. Nós temos 4 filhos e fica muito difícil sem o pagamento. A minha salvação é a minha mãe, que já é aposentada e me ajuda a sustentar a casa”, diz.

Solidariedade

A situação dos funcionários sensibilizou acadêmicos da UFMS, que decidiram arrecadar alimentos para ajudar as famílias. Ao saberem da situação dos trabalhadores representantes do Caciso (Centro Acadêmico de Ciências Sociais) fizeram uma assembleia na quinta-feira (16) e decidiram apoiar as manifestações dos funcionários. Eles fixaram uma caixa no bloco VI da universidade, onde outros estudantes e funcionários podem fazer doações.  

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