Parada há 10 anos, Casa do Pantaneiro já é ‘habitat natural’ do Aedes

Governo nega que local esteja abandonado

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Governo nega que local esteja abandonado

A Casa do Homem Pantaneiro, localizada no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, continua sendo criadouro do mosquito Aedes aegypti, reclamação rotineira. A água acumulada no espelho d’água que envolve o prédio está repleta de ovos do inseto, transmissor da dengue, zika e chicungunya, segundo denúncia que chegou ao Jornal Midiamax. 

A obra já tem 10 anos, pois a pedra fundamental foi lançada em 2006, a conclusão ocorreu em 2013, e o repasse para o Governo do Estado foi em 2015, pela FMB (Fundação Manoel de Barros), que era responsável pelo projeto. Apesar de tanto tempo, o prédio nunca teve utilização.

Preocupado, o bancário Claudinei Carvalho, que visitou o Parque no último fim de semana, registrou a cena e se diz indignado com o abandono de mais uma obra. “Estou morando em Nova Alvorada e venho à Capital aos fim de semana. Domingo vi que a água acumulada em volta da casa tem muita larva do mosquito”, disse.

Segundo as informações obtidas junto ao Governo do Estado, a manutenção é feita pela Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e  pela administração do Parque.

A reportagem entrou em contato com a Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), órgão responsável pela administração do Parque das Nações Indígenas, e foi informada que o local citado encontra-se limpo. A administração  ressalta, que o local recebe verificação após dias de chuva.

Com relação ao Parque, toda a extensão recebe limpeza diária, onde mensalmente soma uma tonelada de lixo.

A administração reitera, que eventualmente, alguns pontos podem ficar momentaneamente descobertos, mas são limpos assim que identificados.

Para evitar problemas como este, a contribuição da população é fundamental para auxiliar na limpeza do Parque das Nações Indígenas. Os campo-grandenses podem colaborar pelo telefone 3318-5600.

CASA DO HOMEM PANTANEIRO

Fechada, a casa nunca teve o projeto concluído, mas a princípio seria utilizada para demonstração das artes e cultura dos sul-mato-grossenses. Idealizada pela FMB (Fundação Manoel de Barros), a casa foi repassada ao Governo do Estado no dia 30 de junho de 2015, porém nunca funcionou.

A construção teve recurso de R$ 600 mil, vindo do Ministério do Turismo, do Programa Turismo Brasil, mais contrapartida financeira da FMB. A prestação de contas foi aprovada em 6 de fevereiro 2014, pela Caixa Econômica Federal, gestora dos recursos.

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