‘Não tem condições de subir mais’, dizem consumidores sobre combustível

Aumento foi aprovado pelo Confaz

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Aumento foi aprovado pelo Confaz

“Não tem condições de subir mais”, esta é a principal declaração dos consumidores depois da notícia sobre aumento no preço dos combustíveis. Conforme a Síntese dos Preços Praticados em Campo Grande, realizada entre os dias 13 e 19 de novembro, o litro da gasolina, por exemplo, varia de R$ 3,177 a R$ 3,499, diferença de mais de R$ 0,30. 

Moacir Souza Plaza, de 51 anos, que trabalha com relações pública, diz que alterna entre o carro e a moto a fim de economizar. Por mês ele chega a gastar mais de R$ 650,00 apenas com combustível. “O preço está um absurdo e se aumentar ficará ainda pior. Nao tem condições de subir mais”, frisa. 

O aposentado Ernesto Pimentel, de 50 anos, também reclama da possibilidade de aumento. “Seria demais para a crise autal. Já está caro e não pode aumentar mais”, observa. Os consumidores também destacam a diferença de preço entre os postos. 

“Se compararmos os valores do centro com os da região da Júlio de Castilho a diferença é de mais de R$ 0,20 . O preço do nosso combustível é um absurdo. No interior é ainda pior. Em Corumbá já cheguei a abastecer a R$ 3,80”, declara o promotor de vendas, Celso José dos Santos, de 57 anos.

A autorização do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), que permite o aumento, foi publicada no DOU (Diário Oficial da União), dessa quinta-feira (24), mas até a manhã desta sexta-feira (25) a informação ainda não havia chegado aos postos de Campo Grande.

Militão Renovato Pires, gerente do Posto Santa Conceição, localizado no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, afirma que até o momento não há nenhuma novidade em relação aos preços.

No local o litro da gasolina comum, combustível responsável por 70% do total de vendas, custa R$ 3,239. Lá  a aditivada é vendida a R$ 3,299 e o etanol a R$ 2,799. “Ainda não foi repassado nada em relação ao aumento, mas sempre que isso acontece, os clientes reclamam muito”, relata. 

No Posto Metrópole, localizado no cruzamento das Ruas 26 de Agosto e Calógeras, o litro da gasolina comum é vendido a R$ 3,499, o etanol R$ 2,969, o Deisel S-10 R$ 3,399 e o diesel comum R$ 3,299. O frentista José Rezende  Zanata diz que não foi informado sobre o aumento, mas que a expectativa é de que haja reajuste no próximo mês. 

“Não foi repassado nada sobre os valores. Não temos ideia de quanto será a diferença nas bombas, mas, mas acredito que isso ocorra entre os dias 20 de dezembro e 4 de janeiro. Sempre que o valor aumenta os clientes somem um pouco e depois voltam porque precisam abastecer”, observa.

Do outro lado da rua, nos Posto Master, o gerente Fernando Henrique Vieira, afirma que houve aumento recentemente. “Recebemos um aumento na semana passada, não sei se teremos outro”, declara. No local, o litro da gasolina comum está R$ 3,359, a aditivada R$ 3,459, o etanol R$ 2,899 e o diesel S-10 R$ 3,399. 

Levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo) mostra que Campo Grande se mantém em segundo lugar no rol das capitais com a gasolina mais barata do Brasil. De acordo com ato do Cotepe (Comissão Técnica Permanente), após o aumento o consumidor final deve pagar a diferença de R$ 0,027, porém, a informação ainda não é confirmada nos postos de combustível da Capital. 

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