MPF diz que R$ 8 milhões apreendidos com casal vão para ‘ações sociais e públicas’

Quantia era transportada em ônibus intermunicipal

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Quantia era transportada em ônibus intermunicipal

 

A soma de R$ 8 milhões apreendida com um casal em Corumbá no sábado (09) agora tem destino certo, ações sociais e públicas para o Estado. A audiência de custódia foi realizada pelo MPF/MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) na Justiça Federal. O casal vai ficar com R$ 10 mil da quantia, e renunciou o carro usado no translado São Paulo-Campo Grande.

Na audiência de custódia, o procurador da República Sílvio Pettengill ofereceu que ao invés de novas audiências para solucionar o caso, fosse feito um acordo. O casal de paulistas aceitou e foi liberado da prisão. Eles vão ficar apenas com R$ 10 mil do dinheiro, uma vez que as regras brasileiras estabelecem que a partir dessa quantia é preciso declarar montantes transportados com destino a outro país.

Como o casal não havia feito isso, tampouco explicou a origem dos US$ 2,5 milhões, foi declarado o chamado ‘perdimento’ do total permitido.

MPF diz que R$ 8 milhões apreendidos com casal vão para 'ações sociais e públicas'“Os réus renunciaram o dinheiro que estava em sua propriedade e o carro usado no translado São Paulo-Campo Grande, em troca da suspensão do processo por dois anos. Assim, em dois dias úteis conseguimos solucionar o caso e liberar o montante – quase 8 milhões de reais -, que será empregado em finalidades sociais e públicas, conforme a Resolução nº 154/2012 do Conselho Nacional de Justiça”, explicou Pettengill.

Eles foram proibidos de ingressar na região de fronteira e não podem se ausentar por mais de 7 dias da cidade onde residem, Guarulhos (SP). O casal ainda deve comparecer, a cada três meses, na secretaria da Vara Federal para justificar suas atividades; e não podem sofrer outra acusação criminal.

“Se descumprirem o acordo, o processo contra os réus será retomado. O dinheiro e o carro usado no crime, contudo, já estão perdidos”, diz o procurador.

De acordo com o MPF, a suspensão do processo não afeta a investigação em curso sobre possível caso de lavagem de dinheiro e o inquérito da Polícia Federal que apura a origem do valor segue normalmente. 

O caso

O valor milionário estava sendo transportado em um ônibus intermunicipal com destino à fronteira com a Bolívia. No flagrante, a mulher presa confessou a promessa de recebimento de US$ 4 mil pelo transporte, não revelando, contudo, a origem do dinheiro.

A presa ainda afirmou que translado de São Paulo a Campo Grande foi realizado em um Toyota Corolla, deixado na rodoviária da capital.

A apreensão foi realizada pela PRF durante a Operação ‘Corumbá Segura II’ deflagrada pelo GGI-Fron (Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira), que faz o patrulhamento nas entradas e saídas da cidade para a repressão a crimes na fronteira. 

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