Moradores perdem eletrodomésticos com sobrecarga na rede elétrica depois de temporal

Segundo eles, problema não é novidade

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Segundo eles, problema não é novidade

Os moradores do Jardim Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, estão revoltados com o prejuízo coletivo causado pela sobrecarga na rede elétrica durante toda chuva forte ou ventania. Depois do temporal de ontem (18), muitos eletrodomésticos, como geladeira, freezer e televisão, queimaram e lâmpadas estouraram nas residências que ficam na Rua Maria Fontoura Borges.

O aposentado Regino Salvador, de 59 anos, levou um susto. “Com a chuva e o temporal de ontem ficamos sem energia. A descarga queimou meu computador. Na casa da minha sogra queimou televisão e estourou uma lâmpada”, disse. No mesmo terreno mora a filha, Elaine Faria de Lima, de 30 anos. “Ela estava dando banho no filho, que é deficiente visual, quando a lâmpada estourou e os cacos de vidro caíram na cabeça da criança”, ressalta.

Regino disse que vai procurar a Defensoria Pública ainda nesta tarde. “Vou ir me informar e saber o que fazer daqui pra frente, porque não sou só eu, são vários vizinhos. Não podemos ficar assim, no prejuízo”, declara. 

Os moradores citaram que, ao menos, cinco famílias tiveram prejuízo depois da sobrecarga de ontem. “Estávamos em casa quando duas lâmpadas estouraram, foi um susto. Ano passado já perdi uma televisão, estou com medo de queimar a nova”, afirma a vendedora Maria da Fátima, de 44 anos.

Também vendedora, a vizinha Fátima Aparecida Rodriguez, de 38 anos, viu o freezer e a geladeira queimarem depois da descarga elétrica. “O relógio pegou fogo, se não fosse meu marido ir lá cortar o fio, a casa tinha pegado fogo junto”. Desde então, a família está apenas com uma fase, 110v, sem a fase 220v. “O pior é que sem geladeira estamos sem água gelada. As minhas coisas vão estragar tudo. Não sei o que vou fazer, acho que vou dar para os vizinhos”, cita.

Os moradores falaram a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que já ligaram diversas vezes a concessionária responsável, a Energisa. Segundo Fátima, um funcionário foi no local meses atrás atender uma ocorrência e disse que “os fios estão sem a banana, a madeira que separa eles, e que por isso eles se juntam e acontecem as sobrecargas. Nós tentamos ligar ontem para a empresa, mas ninguém atendeu”, declara. Os moradores ainda levantaram o fato do transformador da rua ser antigo e o possível causador dos “pipocos”.

A Energisa foi procurada e explicou que foi constatada apenas uma solicitação de ressarcimento até o momento. Segundo a empresa, o cliente deve entrar em contato com a concessionária pelo Canal de Atendimento Call Center 24 horas: 0800 722 7272 ou, pessoalmente.  A lista está disponível no site

Problemas não são novos

Os moradores ainda comentaram para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que não foi a primeira vez que uma sobrecarga elétrica queimou equipamentos.

A vendedora Maria da Fátima, 44 anos, explicou que o problema não é novo. “Há quatro anos uma descarga elétrica queimou o relógio de energia da minha casa, que pegou fogo. A Energisa religou o padrão, mas me cobrou 700 reais. Meu marido entrou na Justiça, ainda não saiu a resposta”, afirma.

“Em novembro do ano passado eu viajei e meu relógio queimou. Quando voltei a conta de energia veio mil reais”, cita Fátima Aparecida Rodriguez. A moradora entrou na Justiça e conseguiu o bloqueio do valor.

 

* Matéria atualizada às 17h30.

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