Negam ofensas à recreadoras

As denúncias de maus-tratos no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Santa Edwirges, no Aero Rancho, fez um grupo de mães se reunir na tarde desta quinta-feira (11) para cobrar uma explicação da direção. As mães afirmam que são barradas e não recebem um posicionamento.

“Chamaram a polícia para mim só porque cobrei explicações. Não foi minha filha, mas poderia ter sido”, afirma Ana Marta, 29 anos que tem uma filha de 5 anos na creche. “Eu já fiz compra para o Ceinf, a diretora sempre pede comida, produto de limpeza, só quero um posicionamento sobre o que tá acontecendo”, concluiu.

De acordo com Misselene de Lima, 43 anos, o que as mães querem é uma explicação por escrito da diretora do Ceinf e um posicionamento da Semed (Secretaria Municipal de Educação) “A única que a Semed  disse para gente é que tinha colocado uma técnica para verificar como era a situação dentro do Ceinf. Ela ficou 1 semana, mas você acha que alguém vai agir naturalmente sabendo que tá sendo vigiada? Eles precisam nos dar um posicionamento por escrito e tomar providências”, disse.

Brenda Moralles, 23 anos, tem uma filha de 3 anos no Ceinf que segundo ela foi vitima de maus-tratos. “Minha filha tinha 10 meses quando apareceu toda roxa, eles disseram que ela caiu sozinha. Agora outra vez, ela disse que apanhou dos colegas e a professora ficou assistindo, mas que a professora mandou ela dizer que caiu sozinha. Eu quero uma explicação”, contou.

“O Ceinf está em uma situação precária, nem banho minha filha toma. Porque então pedem produtos de higiene?”, completou.

Outro questionamento das mães é sobre o fato do professor acusado de supostos atos libidinosos ter sido contrato em 2016 “Em 2015 uma mãe fez b.o contra ele por conduta imprópria, como contratam ele novamente em 2016?’, disse Misselene.

O grupo de mães afirma que jamais proferiram palavras de baixo calão contra as recreadoras, apenas desejam receber uma explicação. “Nós nunca ofendemos nenhuma delas, mas a gente chega aqui para cobrar explicações tem policia na entrada, policia na saída, para que isso?”, disse Ana Marta.

Para mães a última instância é ir ao MPE (Ministério Público Estadual) já que elas afirmaram não receber posicionamento da Semed, ou da direção do Ceinf. “A nossa última saída é o Ministério Público, porque a gente já tentou tudo”, conclui Misselene. 

Casos

Um grupo de pais e professoras apresentou denúncias sobre o Ceinf, na sede do sindicado das servidoras, na última semana. Eles afirmam que uma criança foi obrigada a comer o próprio vômito durante momento de refeição. Afirmam também que um professor investigado por atos libidinosos em 2015, foi recontratado em 2016 para lecionar.  Os casos foram relembrados após a divulgação do vídeo onde uma funcionária maltrata uma criança. 

Prefeitura

Sobre o caso, a prefeitura vem informando que “em relação a questão do ceinf Santa Edwirges, a Secretaria Municipal de Educação está mediando a situação para resolver e evitar quaisquer conflitos, e que  toda e qualquer denúncia de agressão em unidades escolares municipais é rigorosamente apurada e em se constatando a veracidade são tomadas as providências necessárias, inclusive com demissão e encaminhamento ao MPE”.