Índios vão a Brasília pressionar Funai sobre exoneração de coronel
A demissão foi assinada pelo coronel na segunda-feira
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A demissão foi assinada pelo coronel na segunda-feira
Após o coronel da reserva militar, Renato Vidall Sant’anna, assinar a demissão do cargo de coordenador da CR (Coordenação Regional) da Funai (Fundação nacional do índio) em Campo Grande, um grupo de lideranças indígenas – ligados ao movimento que ocupou a sede da Fundação em novembro -, irão até Brasília, na noite desta terça-feira (13), para pressionar o Ministério da Justiça, pasta que coordena a Funai e o presidente interino da Fundação, para legitimar a demissão. Além disso, os índios pretendem dialogar sobre o nome sugerido por eles para a CR: o cacique Alberto França, e Evisclei Polidório, para substituto.
“A intenção é acelerar essa exoneração”, explicou Lindomar Terena. “As lideranças estão indo para Brasília levar isso em mãos, a intenção é trazer algum resultado positivo de lá”, contou. De acordo com ele, a carta de demissão foi protocolada na Casa Civil, no MPF (Ministério Público Federal), no Ministério da Justiça e na Funai.
Entenda a demissão
De acordo com caciques que apoiaram o movimento de ocupação da sede da Fundação na Capital, a assinatura da exoneração aconteceu após pressão das comunidades no interior do Estado. O documento foi assinado pelo coronel na segunda-feira (12), de acordo com os índios. Eles informaram que, após a assinatura, a exoneração foi enviada para o presidente interino da Funai, Agostinho do Nascimento Netto.
“Tendo chegado ao meu conhecimento o documento constante do anexo referente à manifestação de caciques e lideranças indígenas do MS, informo a VExa que solicito a minha exoneração/demissão do cargo para o qual fui nomeado”, conta no documento assinado.
Indicado por Marun – Renato Vidall Sant’anna afirma que foi indicado pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB). “Eu recebi uma ligação de Brasília perguntando se eu poderia… que o meu nome tinha sido selecionado pra uma missão, militar usa muito esse termo missão”, afirmou. Questionado sobre a ligação – feita de acordo com o coronel, há um mês e meio -, declarou que foi o deputado Carlos Marun. “Ele falou que meu nome tinha sido indicado e se eu aceitaria essa incumbência e explicou mais ou menos o que seria”, explicou, à época.
No mesmo dia da nomeação, 10 de novembro, cerca de 18 acadêmicos indígenas, além de lideranças Terena de Campo Grande, ocuparam o prédio da Funai. Conforme explicaram, os estudantes, pesquisadores e professores indígenas participavam de um Encontro de Acadêmicos Indígenas ‘quando foram surpreendidos com a nomeação’.
Os indígenas da ocupação, representados, entre outras entidades, pelo Conselho Terena, consideram a nomeação “um retrocesso”. Dois pontos foram destacados por eles: a representação militar, dentro da entidade e a ausência, de acordo com eles, de deliberação junto às comunidades.
Outro grupo, no entanto, apoiou o nome do coronel. Representados pelo Fórum de caciques, indígenas ligados a diversas comunidades declararam ao jornal Midiamax, à época, que escolheram dialogar com o, então, coordenador.
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