Para Sesau, paciente está recebendo toda a assistência

Aos 85 anos, Ana Alves Nunes está internada desde o último domingo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, em . Desesperada, vendo a em uma cama de posto de saúde e sem saber se a transferência para um hospital será feita, Ana Cristina Nunes, desabafa:

A gente fica vendo a mãe morrer pelo descaso da saúde pública. A cidade está um caos e a saúde está pior ainda. Acho que deveriam ter vergonha, principalmente, com a gente que é pobre. Não temos como fazer nada”

Uma das netas, postou a situação em um grupo do Facebook: “Hoje minha avó, praticamente já desenganada pelos , não recebe o tratamento adequado, pela falta de consciência da saúde pública e do plano de saúde daquele o qual meu avô dedicou praticamente toda sua vida. Peço ajuda a todos para compartilharem, necessitamos da ajuda de vocês, não podemos nos calar. Mesmo que minha avó tenha cumprido sua missão, não posso negar que ela tenha um atendimento digno, e que receba os cuidados necessários para que possamos ao menos tentar evitar a perda”. 

Dias de angústia

Segundo Ana Cristina, a mãe apresenta quadro de problemas renais, pneumonia, cirrose hepática e problemas no coração. Ela deu entrada na UPA no último domingo (13) e apesar da situação, que segundo a filha, é grave, ela não foi transferida para um hospital. 

A filha explica que o pai é aposentado pela Prefeitura da Capital, porém, os hospitais que possuem convênio com o IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), não estariam aceitando a transferência. Já os hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde), não aceitam a , por falta de vaga. 

“Dizem que estão esperando a vaga. Outra hora, dizem que estão esperando um ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas eu vejo toda hora chegando ambulância do Samu e do Bombeiro na UPA”, afirma a filha. 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou por meio de nota que “a paciente está recebendo toda a assistência, acompanhada por médicos e equipe 24 horas, e com equipamentos necessários, ainda que apresente um quadro de comorbidades preocupantes. Exceto pelas acomodações, recebe o mesmo tratamento oferecido em um Hospital”. 

Para quem está vendo a mãe sofrendo, a situação não é bem essa. “Ela não tem o suporte necessário. Ontem a tarde, ela deu uma piora e desse jeito, a qualquer hora, pode falecer. Tivemos que comprar medicamento até, porque lá não tem”, conta Ana Cristina. 

Sobre a situação do IMPCG, o Jornal Midiamax consultou a Prefeitura da Capital, mas até o fechamento deste texto, não havia resposta. 

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