Homem que assassinou companheira em aldeia tem recurso negado e permanece preso

O caso ocorreu na aldeia Cerrito, em Eldorado, em 2012

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O caso ocorreu na aldeia Cerrito, em Eldorado, em 2012

A 2ª Câmara Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou, em decisão unânime, recurso de João de Oliveira, que assassinou a companheira, Gilza Rodrigues Romeira, em 2012 na aldeia Cerrito, em Eldorado. O caso foi caracterizado, no processo judicial, como homicídio qualificado, por motivo fútil, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima. As informações são do TJ-MS.

Relator do processo, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, afirma que o caso não permite que se anule a decisão, pois não está separada dos elementos que compõem as provas. O desembargador explica que não há o que se reformar na pena.

O caso

No dia 10 de dezembro de 2012, João exigiu que a companheira preparasse o jantar. Na casa, também estava o filho de João, enteado de Gilza. A denúncia afirma que ela estava sob efeito de bebidas alcoólicas, e o companheiro começou a agredi-la, disferindo socos e pontapés até que a mulher desmaiou. Mesmo com a mulher inconsciente, João continuou a agredi-la.

Nos autos, ainda consta que ele teria colocado bebida alcoólica no nariz da companheira ‘com o intuito de acordá-la’. A mulher teria passado mal durante toda a noite, e na manhã seguinte desmaiou. Quando o socorro chegou, ela já estava morta.

O MPE-MS (Ministério Público Estadual) enfatiza que o depoimento do filho provou que o crime foi cometido por motivo fútil. De acordo com o MPE, o autor espancou violentamente Gilza apenas porque ela não teria conseguido preparar o jantar, utilizando de meio cruel, batendo a cabeça da companheira contra o chão.

Ainda de acordo com o órgão ‘ele pisou e pulou sobre a cabeça da vítima’. “O homicídio foi cometido também com emprego de meio cruel, haja vista que o autor espancou a vítima friamente,batendo sua cabeça contra o chão, bem como pisando e pulando sobre sua cabeça,não cessando as agressões mesmo após a mesma ter desmaiado, ocasionando em traumatismo crânio encefálicoque resultou em sua morte”, afirma.

 

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