Funcionários do HU ‘pagam o pato’ em queda de braço entre empresas e União

Mais de 300 funcionários estão sem receber

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Mais de 300 funcionários estão sem receber

Cerca de 300 empregados da empresas terceirizadas, que prestam serviço ao HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), estão sendo prejudicados em uma ‘queda de braço’ entre as empresas e a União, responsável pelos repasses financeiros ao hospital. 

As empresas alegam que não têm como pagar os funcionários, pois, não receberam o repasse da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) referente ao mês de novembro. Porém, os empresários assinaram contrato com a empresa pública, que é vinculada ao MEC (Ministério da Educação), em que tem a obrigação de manter os salários em dia, mesmo que os repasses atrasem por até três meses. 

Ao todo, mais de 300 funcionários das empresas Luppa e Maximus estão sem receber o pagamento referente a novembro. Segundo a informações de funcionários e do presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação), Wilson Gomes da Costa, o pagamento deveria ser efetuado no quinto dia útil de dezembro. Até esta terça-feira (13) são sete dias de atraso, porém, nenhuma paralisação das atividades foi confirmada. 

De acordo com a Ebserh, a pendência referente ao mês de novembro com as empresas citadas está sendo resolvida. “O hospital já se reuniu com representantes das instituições para solucionar o pagamento dos funcionários terceirizados. Cabe ainda ressaltar que as empresas serão notificadas visto que, por contrato, elas são obrigadas a arcar com os pagamentos, quando somente uma parcela está em atraso”, diz nota encaminhada ao Jornal Midiamax.

“É revoltante porque a gente trabalha muito. O serviço é pesado, acordamos cedo para trabalhar e não receber. As contas estão todas atrasadas. Saímos da Douraser que não pagava e entramos em outra empresa que está do mesmo jeito. Eles dizem que o hospital não fez o repasse, mas tinham de ter o dinheiro em caixa”, observa uma funcionária da empresa Luppa, que preferiu não se identificar.

Empregados da Maximus, responsável por serviços de infraestrutura, nutrição, banco de leite e maquinários, afirmam que estão em situação ainda pior. De acordo com os relatos, além do salário que não foi pago, a primeira parcela do décimo terceiro salário, que deveria ser paga até o dia 30 de novembro, também não foi depositada.

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