Empresa pediu reajuste do valor

A alta no preço do feijão, item essencial na alimentação do brasileiro, refletiu no abastecimento das escolas e Ceinfs (Centros de Educação Infantil) da Reme (Rede Municipal de Ensino) de . A empresa responsável pelo fornecimento interrompeu o serviço depois de solicitar reajuste de preço e deixou as crianças sem o produto.

O valor do contrato, assim como o nome da empresa que deveria realizar o abastecimento não foi divulgado, no entanto, a responsável técnica da equipe de nutricionistas da Prefeitura, Marina Gabínio, admite que a interrupção do serviço ocorreu por conta da variação do preço do legume.

“Tivemos problema com preço, com isso abrimos um novo processo de compra que é burocrático. Essa demora acontece também por conta do fornecedor porque ele pede realinhamento de preço e ele mesmo paralisa a entrega, não depende só da Prefeitura”, explica.

Recentemente, pais de alunos matriculados em diferentes creches municipais relataram à situação à equipe de reportagem do Jornal Midiamax, que foi ao Ceinf Maria Dulce Prata Cançado, localizado no Jardim Noroeste, onde a denúncia é de que outros alimentos estariam em falta e, conforme os relatos, o almoço e a janta são à base de arroz, sem nenhum acompanhamento. 

A informação foi negada pela assessoria de comunicação da Prefeitura, que em nota, disse que nessa segunda-feira (26), por exemplo, o cardápio foi risoto de frango e salada de couve com tomate e destacou que na ausência de algum alimento é feita a substituição por outro  de mesmo valor nutricional ou semelhante. 

Sobre a falta de feijão, a diretora do Ceinf, Solange Correa, disse que o problema deve ser solucionado em breve. “Estamos aguardando a questão do trâmite da licitação, mas acredito que seja uma questão de dias não necessariamente temos de comer feijão todos os dias. Existem outros alimentos, as crianças comem bem, aceitam bem os alimentos”, justifica.

A informação sobre a falta de feijão já foi confirmada pela Prefeitura. A assessoria de comunicação da Prefeitura alega ter um novo processo licitatório em andamento para compra de feijão,  leite em pó e gelatina, e outros alimentos não informados.

Responsável técnica da equipe de nutricionistas da Prefeitura ressalta que, desde o último dia 5,  as merendeiras estão participando de oficinas de aproveitamento de alimento. Os cursos serão concluídos no dia 5 de outubro.

“A dificuldade é que tem criança que não come arroz se não tiver feijão, por isso, que tem a questão de orientar. As professoras auxiliam e incentivam o consumo. Em questões nutricionais não compromete a falta do feijão não compromete, mas é um produto que causa impacto por conta da preferência do brasileiro”, frisa.

Merendeira do Ceinf há 1 ano, Luzia Aparecida Zacarias, de 33 anos, comenta a experiência obtida com a oficina. “Às vezes falta algum ingrediente, mas a gente dá um jeitinho e consegue fazer quase a mesma coisa com outros. Foi o que aprendi no curso porque quando não tem feijão, como que o bebezinho vai comer uma comida seca? Então hoje a gente fez uma carne moída com abóbora cabotiã com caldinho, aí já ajuda. Eles não gostam muito de salada, alguns comem bem, outros não. Quando tem arroz e feijão, comem tudo”, relata.

Processo de compra do feijão ainda está em andamento. Até o momento não há informação sobre o prazo para que o problema seja solucionado.