Fim de ano incerto para trabalhadores que levaram calote de empresa

Com fórum em recesso, liminar não pode ser deferida

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Com fórum em recesso, liminar não pode ser deferida

Parte dos 70 funcionários da Cosesa entraram com ação para receberem seus direitos, após a empresa de limpeza e conservação ter encerrado atividades sem realizar os pagamentos. A advogada Cristina Souza Arantes protocolou nesta quarta-feira (14), uma petição solicitando liminar em prol dos funcionários, porém com o recesso antecipado do fórum trabalhista, não puderam ser atendidos.

A petição solicita que os trabalhadores recebam a baixa na carteira de trabalho e possam sacar o FGTS e ter acesso ao seguro desemprego, já que não receberam salário nem 13º. Entretanto, como o recesso do fórum do Trabalho foi adiantado em uma semana por conta de uma reforma, não há juízes para assinar a liberação. A advogada recebeu a informação de que todos os processos estão sendo encaminhados para um juiz plantonista, mas este não está em Campo Grande.

“Chegamos aqui e demos com a cara na porta. Mas protocolei nova petição para ser encaminhada ao juiz plantonista”, explica Cristina. A advogada e os trabalhadores chegaram ao fórum às 14 horas para aguardar a decisão, porém saíram de lá com incertezas e permanecem em situação de precariedade.

Os trabalhadores estão atravessando situações complicadas, pois estão sem pagamento desde novembro. Todos estão desempregados, pois não receberam baixa na carteira de trabalho. Fausto Gomes, 40, conta que tem 2 filhos que dependem do trabalho dele e está vivendo de bicos e ajuda de conhecidos. “Conseguir emprego já está tão dificil, e agora nem posso procurar, porque na carteira ainda estou registrado”, lamenta.

Com contas e aluguel atrasados, Maria Celma Torres, 49, está recebendo ajuda de familiares. “Estou apavorada! Custava vir um juiz aqui e assinar o documento pra gente? Não podemos contar com 13º nem salário, como vamos fazer compras? Nem sei como vai ser o Natal e o Ano Novo”, reclama. O caso de Juvanete Bispo dos Santos, 50, é semelhante. “Estou com a luz cortada. Estou desesperada, não sei o que fazer”,

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