Reunião com a Emha não deu solução 

Uma comissão das famílias que ocuparam um terreno da Prefeitura no Residencial Gregório Correa, região norte de , se reuniu na manhã desta quinta-feira (8) com o diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), Dirceu de Oliveira Peters. Não houve entendimento no encontro. Peters alegou que a Prefeitura da Capital não pode fazer nada pelas famílias e os representantes dos ocupantes prometeram resistir ainda que seja determinada uma ordem judicial de despejo. 

Depois da reunião, Peters disse ao Jornal Midiamax que a Procuradoria Geral do Município já foi acionada e que orientou às famílias a procurarem à Defensoria Pública. Ele afirmou que “a Emha não possui recursos para investir em programa habitacional neste momento”. O gestor disse ainda que informou aos representantes que em caso de invasão de área pública, as famílias perdem o direito de no futuro, participarem de programas habitacionais. 

Jaqueline Rocha Dias, uma das representantes das famílias que ocuparam a área, afirmou que a resposta da Emha não satisfez as famílias que devem ficar na área ainda que seja determinado judicialmente a saída. “Se retirar, as famílias vão voltar para lá”, afirmou. 

Famílias que ocuparam área da Prefeitura prometem resistir ao despejoAs famílias ainda questionaram o motivo de casas de loteamentos terem sido invadidas por pessoas não cadastradas e ainda assim a Prefeitura não ter tomado nenhuma atitude, deixando várias famílias na espera por um lar. Peters afirmou que a fiscalização é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal, agente financiador da construção, e que somente se a Emha for acionada – o que não aconteceu – poderia agir. 
A comandante da Guarda Civil Municipal, Adriana Severino, participou da reunião e disse que a corporação vai continuar a fazer rondas pela região e que em caso de ordem judicial de retirada, o cumprimento é da Polícia Militar. 

Ocupação

A ocupação começou no último sábado (3), na Rua Jorge Budib, no residencial Gregório Correa.  As famílias já começaram a limpar os terrenos para levantarem os barracos que devem ficar no local. A chuva, no entanto, dificultou o processo, e as pessoas começaram a ‘construção' nesta quarta, aproveitando o feriado de folga.