Fábrica nega ser causadora do cheiro de ‘carniça’ que cobre parte da Capital
Ninguém sabe origem do mau cheiro que revolta moradores
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Ninguém sabe origem do mau cheiro que revolta moradores
Apontada por alguns moradores da região Sul da Capital como responsável pela emissão de mau cheio, que fica mais forte especialmente nos fins de tarde e começo da madrugada, a Organoeste Campo Grande, fábrica de adubo, nega que sua produção seja responsável pelo forte odor.
O proprietário da empresa, localizada na BR-262, próximo ao aterro sanitário de Campo Grande, Flávio Pereira, afirmou à reportagem do Jornal Midiamax que sua produção produz um odor constante, e que diante disto e das ações de preservação do meio ambiente levadas a cabo pela Organoeste, ela não seria a responsável pelo mau cheiro, sentido pelos moradores apenas em alguns horários do dia.
A catadora Alexsandra Mendes, 20 anos, há três anos trabalhando no lixão da Capital, é uma das que aponta a empresa como responsável pelo mau cheiro. Opinião compartilhada por sua colega de trabalho, Maria Célia, de 45 anos.
Para o engenheiro ambiental da Organoeste, Sergio Francisco de Melo Filho, o odor emitido pela empresa diz respeito apenas à substância produzida no local. Em seu perfil público, a empresa afirma que promove ‘tratamento de lixo urbano orgânico através da compostagem acelerada’.
Mais suspeitas
“Eu acho que o cheiro vem do lixão”, afirmou o montador de 48 anos, Everaldo Antônio, que há 22 anos mora no Bairro Aero Rancho e aponta mais um ‘suspeito’ pela emissão do cheiro que classifica de ‘carniça’.
Opinião semelhante tem o pedreiro Leri Cardoso, 59 anos, também morador do Aero Rancho, que destaca que o forte cheiro ruim se intensifica entre meia noite e 01h da manhã, no começo da madrugada.
Já a dona Larissa Fernandes, 24 anos, além de culpar o lixão também aponta um novo culpado, o lixo descartado pela população em local inadequado. “As pessoas não respeitam. A prefeitura limpa e a população joga lixo de novo (nas ruas)”, reclama.
Outro suspeito apontado por alguns moradores é uma estação de tratamento da Águas Guariroba, próxima ao Lixão. A concessionária informou que realiza, frequentemente, um trabalho de ‘controle de emissão de odores’ e que até hoje não recebeu nenhuma reclamação forma de mau cheiro provocado por sua unidade do Bairro Dom Antônio Barbosa.
Resposta
Procurada, a Prefeitura da Capital informou apenas que a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) já está investigando o assunto, ‘inclusive fazendo vistorias e realizando levantamento na região em relação a quais atividades consideradas potencialmente poluidoras poderiam estar causando o odor’.
A Prefeitura, por meio da assessoria de comunicação, reiterou ainda que a população pode encaminhar denúncias por meio do ‘Disque Denúncia 156’ e informar as possíveis fontes causadoras do mau cheiro.
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