Universidades se comprometeram buscar soluções para a falta de segurança

Um protesto com estudante da (Universidade Federal da Grande ) e da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) marcou o inicio da manhã desta terça-feira (5). Os estudantes se juntaram em frente a biblioteca da UFGD, que fica no campi da cidade universitária, onde estão localizadas as duas instituições, e pediram por mais segurança. O ato aconteceu depois que uma universitária da Uems foi estuprada na manhã de ontem.

Na convocação para o manifesto, postada nas redes sociais, os estudantes pediram por mais segurança na cidade universitária e pontuaram que não falavam de murar as universidades, pois os casos acontecem internamente.

O texto traz clara referência ao que aconteceu na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que foi toda murado, depois que uma jovem foi estuprada no início dos anos 2000.

Segundo as informações, o suspeito é um trabalhador que atua em uma empresa terceirizada pela universidade. “Devemos exigir, caso realmente tenha sido um deles, que haja um acompanhamento com os trabalhadores terceirizados, através de campanhas, palestras, dentre outros mecanismos, visto que estes trabalhadores são inseridos na Universidade sem um preparo prévio a cerca do ambiente acadêmico, assim como sobre nossas pautas”, dizia o texto.

Os estudantes ainda disseram que é necessário cautela. “Após o fato ocorrido, e nervos à flor da pele, cautela deve ser uma das palavras chave para lidarmos com o ocorrido. Não passividade diante do caso, mas sim ações pensadas analisando as consequências e impacto na vida da vítima, pensando em sua permanência na Universidade. Assim para que não haja uma onda de raiva e revolta descontrolada para com os terceirizados”, informava o texto.

Já as universidades disseram lamentar e repudiar “veementemente o fato ocorrido na manhã da última segunda-feira (4) contra a integridade física de uma estudante da cidade universitária. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes com todo o suporte possível que cabe às universidades, tais como cedência de cópia das gravações do sistema de filmagens e apoio irrestrito ao trabalho da perícia”.

Em texto encaminhado a imprensa, a Uems e a UFGD disseram ainda que não medirão esforços para que o caso seja elucidado, resguardando a integridade da vítima e agindo com firmeza na promoção de uma investigação rigorosa e precisa.

Quanto ao atendimento à vítima, as universidades disseram disponibiliz toda estrutura de acompanhamento psicológico, assistência social, jurídica e de saúde, através do Hospital Universitário.

Estudantes protestam depois de estupro em universidade de DouradosJá em relação à segurança da Cidade Universitária já está em execução um plano de reestruturação da iluminação, com substituição de todas as lâmpadas, rebaixamento das luminárias e implementação de um plano diretor que prevê reforço na limpeza, manutenção, integração dos espaços e um cuidadoso planejamento de segurança.

As gestões de ambas as universidades também se comprometem acionar seus núcleos representativos na discussão e atitudes no combate à violência contra as mulheres e todo tipo de violência.