Pular para o conteúdo
Cotidiano

Em resposta a protesto de militares, governo faz novo cálculo para reajuste

A previsão é que contraproposta seja dada até esta quarta-feira
Arquivo -

A previsão é que contraproposta seja dada até esta quarta-feira

Após centenas de policiais militares e do Corpo de Bombeiros terem reduzido suas atividades nesta manhã, em protesto por melhores salários e condições de trabalho, o governo do Estado se comprometeu em fazer o recálculo da proposta e, se possível, antecipar o reajuste proposto até 2018, para 2016 e 2017. Segundo o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, a previsão é que até esta quarta-feira já se tenha uma resposta.

Representantes das classes estiveram reunidos por cerca de três horas na governadoria com os representantes do governo. “Deveríamos ter conversado com os coronéis, antes até, para sentir o que eles realmente desejam e o que eles querem é o que nos queremos, uma boa segurança pública no estado e não está difícil de avançar.”, admitiu o secretário.

De acordo com ele, a nova proposta depende das condições financeiras do governo. “Saio daqui com uma incumbência de fazer um recálculo naquilo que o orçamento nos permite e não é questão de mudar o que foi proposto e simplesmente mudar a fórmula de entrega daquilo que nos tínhamos projetado até 2018. Se houver possibilidade dentro do nosso orçamento vamos antecipar alguma coisa que seria para 2018, fazer em 2016 e 2017”, disse Assis.

O secretário fez questão de dizer que o governo não está recuando. “Os encaminhamentos não mudaram, seriam somente uma antecipação do que já havia sido proposto”. Além da antecipação do reajuste, Assis lembrou também do compromisso feito de aquisição de mais insumos para a tropa atuar, como por exemplo colete a prova de balas.  “Isso já estava bem avançado e ficou bem claro nessas três horas de conversa amistosa boa e de aprendizado de ambas as partes”, declarou.

De acordo com ele, a nova proposta vai ser entregue aos comandantes, tando da PM como do Corpo de Bombeiros. “Essa resposta do recálculo deve sair o mais rápido possível, quem sabe até amanha. Nós já temos tudo isso mensurado, por que já estava calculado até 2018 e é só antecipar isso e ver se cabe dentro do bolso do governo”, enfatizou.

Crítica

Sobre o protesto desta manhã, Assis disse ser desnecessário. “Estamos no mês do dissídio, dentro dos prazos, se tem alguém de greve está sabendo que foi oferecido e isso partiu, todas as propostas, dos servidores ou dos representantes de servidores. Esse governo não inventou e nem colocou nada, simplesmente ele sentou, conversou e tudo que saiu foi de um grande entendimento e de uma grande conversa”, concluiu Carlos Alberto.

O comandante da PM, coronel Jorge Edgard Júdice Teixeira, disse que o governo demonstrou sensibilidade com a situação. “O governo demonstrou bastante sensibilidade com o pleito da Policia Militar e do Corpo de Bombeiro Militar, então hoje o secretário Eduardo Riedel [Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica] disse que ficaria atento a nossa reivindicação e logo logo vai nos dar uma resposta em razão do que nós solicitamos a ele”.

“É uma proposta de correção de um quinquênio e os níveis de salário da Policia Militar, por que eles foram instituídos tem um tempo e a gente precisa fazer uma correção entre níveis e isso já foi encaminhado e o governo ficou de avaliá-la”, finalizou Teixeira.

Protesto

Desde as 8 horas desta terça, policiais e bombeiros militares de e de todo Mato Grosso do Sul reduziram as atividades como forma de protesto por questões salariais e de melhorias nas condições de trabalho. Oficiais se reuniram na praça Ary Coelho, no centro da Capital, e apenas casos emergenciais serão atendidos durante 12 horas.

Serviços de escolta, como guarda externa dos presídios e condução de presos em emergência médica, serão mantidos durante as 12 horas de protesto das categorias. O atendimento será reduzido, apenas 6 viaturas da circularão por Campo Grande até as 20 horas e apenas casos de emergência serão atendidos.

O objetivo da paralisação das atividades é chamar atenção do governo para questões salariais e também das condições de serviço dos militares. Quanto ao salário, os oficiais rejeitam categoricamente o abono de R$ 200 proposto pelo governo, uma vez que pode ser ‘retirado’ a qualquer momento e não é um aumento fixo no salário. Na praça, os militares fazem coro de “Não aos duzentão”.

O que as categorias pedem é a reposição inflacionária, se for de 17 meses, será de 16%, mas os militares afirmam que aceitam negociar reposição de 12 meses, o que daria 11%, ou seja, qualquer negociação entre 11% e 16% poderia ser aceita.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: Motociclista atirou 11 vezes antes de fugir em alta velocidade após emboscada

59% apoiam operação da PF contra Jair Bolsonaro e 41% criticam, mostra Quaest

Zezé di Camargo volta a desafinar em show e divide opiniões: ‘Hora de parar’

Manifestantes pedem por revitalização do Horto Florestal em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

bolsonaro

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

Interdição em macroanel pega motoristas de surpresa na BR-163 em Campo Grande

Governo dos Estados Unidos revoga vistos de Moraes e mais 7 ministros do STF

A caminho do trabalho, jovem morre ao ser arrastado por carro em Três Lagoas

Últimas Notícias

Cotidiano

Içamento de vigas é concluído com antecedência e trânsito na BR-163 liberado

Finalização das bras estavam previstas para o domingo (20)

MidiaMAIS

‘Emoção muito forte’: professores de Artes se emocionam ao relembrar de veterano da UFMS que faleceu na pandemia

A lembrança do veterano ocorreu durante a comemoração aos 40 anos do curso de Arte da UFMS

Famosos

Belo abandona o loiro e faz mudança radical para novela da Globo: ‘Envelheceu’

Belo pegou os fãs de surpresa ao compartilhar o resultado de uma mudança radical no visual; novo cabelo do cantor dividiu opiniões

Política

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

PL deve se reunir na próxima semana para definir detalhes de protestos