Direção do HR responsabiliza deficiência das UPAs por superlotação na emergência

Hospital diz receber pacientes à revelia

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Hospital diz receber pacientes à revelia

Enquanto o Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande não se entendem sobre a saúde na Capital, os pacientes continuam sofrendo com internações em locais inadequados e hospitais lotados. Por meio de matéria publicada no site institucional, o Governo do Estado admitiu a superlotação crônica do PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Regional Rosa Pedrossian. No começo deste ano, o Jornal Midiamax esteve no local e flagrou os pacientes esperando atendimento nos corredores. 

Na publicação, a administração do hospital disparou críticas à Prefeitura de Campo Grande e à Central de Regulação de Vagas. “O problema apontado pela direção é a falta de resolutividade dos postos de saúde da rede municipal, que deveriam atender demanda espontânea da sociedade, mas não têm médicos a disposição” , diz o Governo do Estado. 

O Jornal Midiamax procurou a Prefeitura de Campo Grande que informou que o secretário municipal de saúde estava em uma reunião e só depois se manifestaria. 

De acordo com a publicação, a unidade de saúde estaria atendendo quase o dobro da sua capacidade (168%) diariamente. Foi divulgado que cerca de 130 pessoas procuram o PAM por período, mas o limite da unidade é de 77 vagas.  Entre janeiro a agosto desse ano, o PAM do hospital atendeu 26.953 pessoas, 8,8% a mais do que no mesmo período do ano passado (24.767).

Outro problema apontado pela direção do HRMS é a  Central de Regulação de Campo Grande que encaminharia mais pacientes do que é suportado pelo hospital. 

Nada muda

Direção do HR responsabiliza deficiência das UPAs por superlotação na emergênciaQuando o Jornal Midiamax esteve no PAM, no dia 18 de janeiro, havia pelo menos 120 pessoas no PAM – que tem capacidade para 77. Já os técnicos de enfermagem, que deveriam ser pelo menos 23, eram 18 servidores.

Na época, o diretor do hospital, Justiniano Barbosa Vavas disse estar fazendo o possível para não deixar as pessoas sem atendimento. Sobre data para por fim aos problemas, Vavas afirmou na época que não era possível definir. 

“Data para resolver os problemas de saúde pública, que não são do Hospital Regional, que são Município, do Estado, que são do Brasil, na verdade é muito complicado. A gente tem que usar a nossa criatividade para minimizar os problemas na casa da gente”. 

No último dia 4, pacientes que procuraram atendimento na emergência foram surpreendidos com um cartaz que alerta sobre a ‘superlotação’ dos leitos e paralisação no atendimento, sem previsão de retorno. 

 

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