Diarista espera 10 horas em posto de saúde e indaga: cadê o ‘Big Brother’?
Prefeito anunciou há dez dias videomonitoramento
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Prefeito anunciou há dez dias videomonitoramento
A superlotação dos postos de saúde ainda é um problema bem presente na vida do campo-grandense que precisa de atendimento médico. Mesmo com o anúncio há dez dias do prefeito Alcides Bernal (PP) e do secretário de Saúde Ivandro Fonseca sobre acompanhamento em tempo real desses lugares, o problemas persiste.
Com dores por causa de uma infecção, a dona de casa Maria Auxiliadora, de 53 anos, precisou esperar 10 horas para receber atendimento médico no CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Guanandi nesta segunda-feira (18). A diarista diz ter chegado no posto às 6h45 e mesmo depois de reclamar várias vezes só foi atendida as 16h40. “Consegui ser atendida porque briguei e falei que tinha chamado a imprensa porque não estava mais aguentando parar em pé”, conta.
Com o posto lotado a diarista diz que apenas um médico estava atendendo e muitas pessoas assim como ela chegaram bem cedo e até então não haviam nem se alimentado. “Eles disseram que só tinha um médico atendendo e que o procedimento era esse, esperar. Tinha uma mulher que chegou junto comigo e eu tive que dar dinheiro pra ela comprar comida porque estava quase desmaiando de fome”, diz.
A diarista conta ainda que durante a espera indagou uma funcionária do posto de saúde sobre o videomonitoramento, mas não teve uma resposta muito convincente. “Eu falei pra ela que tinha visto uma reportagem que quando o posto estivesse cheio estavam chamado médicos de outros postos para socorrer, mas ela me disse que eles estavam em outros lugares e isso não vinha ao caso”, conta.
O videomonitoramento que diarista se refere foi anunciado há dez dias pelo prefeito Alcides Bernal (PP) e o secretário de Saúde Ivandro Fonseca. O objetivo é instalar câmeras nos postos de saúde e através do monitoramento especialistas poderiam verificar onde existiam filas para dar o suporte com a equipe móvel composta por 20 médicos. Para isso foram investidos R$ 800 mil.
Entramos em contato com a prefeitura de Campo Grande, mas até a publicação desta matéria não obtivemos resposta. (Texto sob supervisão de Marta Ferreira)
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