Denúncias levam à abertura de inquérito contra bar ‘point’ de universitários
MPE vai investigar
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A 26ª Promotoria de Justiça abriu inquérito civil para apurar denúncias de moradores contra a “Conveniência e Bar Escobar”, localizado na Vila Olinda, em Campo Grande. O local é considerado ponto de encontro de acadêmicos e tem sido alvo de queixas da população, especialmente pelo uso de som alto e o bloqueio da rua, ocasionado pelo grande volume de estudantes.
A denúncia foi publicada nesta terça-feira (19), no Diário Oficial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Segundo o órgão, “o referido empreendimento produz poluição sonora, infração administrava, consistente em bloqueio de rua, deposição de resíduo sólido em via pública, perturbando o sossego”.
O bar fica localizado na Rua Montese, próximo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso Sul) e é frequentado principalmente por estudantes da instituição. No ano passado, a obstrução da rua resultou em conflito entre acadêmicos e policiais, resultando, inclusive, no registro de boletim de ocorrência.
Confronto
Na ocasião, segundo boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, os policiais militares disseram ter ido ao local para atender a uma ocorrência de obstrução da via, por conta de comemorações de ingresso na universidade.
Os militares afirmaram que foi realizada a fiscalização das documentações dos dois bares onde os estudantes estavam concentrados e que nada de irregular foi encontrado. Os policiais ainda orientaram aos proprietários para que eles não realizassem a comercialização de bebidas alcoólicas a pessoas já alcoolizadas.
Os militares afirmaram que foi realizada a fiscalização das documentações dos dois bares onde os estudantes estavam concentrados e que nada de irregular foi encontrado. Os policiais ainda orientaram aos proprietários para que eles não realizassem a comercialização de bebidas alcoólicas a pessoas já alcoolizadas.
Foi dada ordem de desobstrução da via e um prazo de cinco minutos para que os estudantes saíssem da rua. Passado o tempo, os militares utilizaram sinais sonoros e gás lacrimogêneo. Um estudante, que a PM considerou “agitador”, e que estaria incitando os colegas a ocuparem a via e xingando os policiais foi detido por desacato.
Segundo a Polícia Civil, na delegacia, o rapaz disse estar errado e pediu desculpa aos policiais. Ele assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberado.
Alguns estudantes questionaram o uso de gás lacrimogênio, feito pelos policiais para desobstrução da rua. Na ocasião, a assessoria de imprensa do Choque informou que o uso do equipamento estava dentro da legalidade, pois foi utilizado em local aberto para dispersar multidão.
Em 2014, uma operação da polícia encaminhou 11 viaturas para o local, também para investigar denúncia de obstrução da via.
A instauração de inquérito do MPMS foi assinada pela promotora de justiça, Luz Marina Borges Maciel Pinheiro. (Texto sob supervisão de Ludyney Moura)
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