Consumidora acusa laticínio de vender leite processado durante interdição

Produto foi vendido em mercados da Capital

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Produto foi vendido em mercados da Capital

A data de validade de leites pasteurizados tipo C, processados e comercializados por um laticínio em Itaquiraí, município a 402 quilômetros de Campo Grande, localizado na região do Cone-sul do Estado, chamou a atenção de uma consumidora de Campo Grande. Ela afirma que a empresa responsável pelo produto estava interditada no período de fabricação informado na embalagem.

Conforme a denúncia, o laticínio foi interditado no último dia 18, no entanto, em diferentes mercados da Capital foram encontrados leites com processamento datadodesinterdit no último domingo (20), quando a empresa estava interditada.

“O laticínio foi interditado e não poderia produzir e muito menos comercializar. O que está em risco é a saúde do consumidor. Esse leite é impróprio para consumo”, diz uma leitora do Jornal Midiamax que afirma ter encontrado o produto em mais de cinco mercados de Campo Grande.

Cristiane Nogueria Petrucci, chefe da Dipoa (Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal) da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) confirma a interdição. Ela explica que proibição sobre a comercialização e venda foi estabelecida no dia 18 e três dia depois, na segunda-feira (21) o local passou por vistoria e foi desinterditado na terça-feira (22). 

“Interditamos o local por descumprimento de procedimentos determinados pelo serviço de auto controle dentro da indústria. Isso não deixa o produto impróprio para consumo, mas sem o procedimento de auto controle a segurança alimentar não pode ser garantida”, declara.

Segundo as informações, a multa foi de 200 Uferms (Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul), que atualmente equivale a R$ 24,39 a unidade. “Tivemos conhecimento sobre a denúncia a respeito da produção e o estabelecimento foi multado pelo descumprimento da medida de interdição, que é o procedimento adotado nesse tipo de infração”, justifica.

Questionada a respeito do recolhimento do produto nos mercadoras, a chefe da Dipoa diz que fiscalização é feita pela Vigilância Sanitária, no entanto, o órgão não chegou a ser comunicado sobre o fato. “Foi um procedimento muito rápido. A produção que tivemos notícia foi do dia 20 e a vistoria foi no dia 21. Não foi comunicado porque não teriam tempo hábil de apreender o produto no mercado. O laticínio cumpriu as determinações e já está desinterditado”, esclarece. 

Marco Tulio Dultra, representante comercial do Bio Brasil Lacteos Ltda, defende que não houve interdição. “Passou uma fiscal da Iagro e avisou que tinha um equipamento que precisava trocar, mas em momento algum comunicou alguém da empresa. O equipamento foi comprovado e ela simplesmente largou a notificação de madrugada no laticínio. Não houve essa interdição. A equipe da Iagro esteve lá e inclusive vai nos dar a certificação federal. A qualidade do nosso leito é superior e a gente não deve nada”, frisa. 

De acordo com a chefe do Dipoa da Iagro, durante a vistoria foi constatado que o laticínio cumpriu as exigências da Iagro e as atividades de processamento e comercialização estão liberadas. 

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