Com frota reduzida, ônibus demoram, lotam e passageiros perdem a hora

Redução da frota foi informada por passageiros

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Redução da frota foi informada por passageiros

A saga dos usuários do transporte coletivo de Campo Grande parece não ter fim. Esperas cansativas pelo ônibus que demora além do previsto, falta de abrigo que os forçam a aguardar debaixo de chuva ou sol, empurra-empurra no momento de entrar no veículo, ônibus lotado, falta de assentos e condições inadequadas dos terminais de transbordo. Dia a dia as insatisfações aumentam. Nesta terça-feira (5), leitores do Jornal Midiamax entraram em contato com a equipe de reportagem para informar sobre redução da frota. Fato, que segundo os relatos, não foi informado com antecedência e provocou inúmeros transtornos.

O controlador de acesso, Fábio Santana Braga, de 44 anos, diz que devido a quantidade reduzida da frota, o tempo de espera ficou ainda maior e os veículos lotados. “É um absurdo. Ontem mesmo várias pessoas não conseguiam entrar no ônibus. As empresas têm de entender que nessa época do ano quem está de férias são alunos e políticos, mas político não usa transporte coletivo e quanto aos alunos, somos nós quem pagamos pela gratuidade que eles têm”, declara.

A vendedora Annelise Amaral, de 27 anos, afirma que na manhã dessa segunda-feira (4), teve de esperar mais de 40 minutos pelo ônibus que utiliza para chegar ao trabalho. “Ontem fiquei mais de 40 minutos esperando o ônibus que eu pego todos os dias para ir trabalhar e ouvindo muitas pessoas reclamando do horário que estava muito atrasado”, relata.

Segundo passageiros do transporte coletivo da Capital, a frota foi reduzida e permanecerá desta forma até o próximo dia 18, no entanto, o fato não foi divulgado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) ou Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande).

“Achei uma falta de respeito com os usuários porque não foi informado. Isso causa uma transtorno imenso para quem precisa do transporte coletivo para trabalhar. Estamos sendo feitos de palhaços. Pagamos R$ 3,25 na passagem e somos desrespeitados”, ressalta a vendedora.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura e foi informada de que “não houve nenhuma determinação” para que o horário fosse alterado.

Conforme a assessoria de comunicação, o atendimento havia sido modificado durante os feriados de de ano novo, no entanto, nessa segunda-feira “o consórcio Guaicurus foi notificado para que voltasse a atender normalmente”.

A assessoria de comunicação da Prefeitura justifica que está aguardando a planilha do Consórcio Guaicurus para que possa informar se a notificação está sendo cumprida. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax encaminhou e-mail para a assessoria de comunicação da Assetur, mas até o fechamento deste texto, não obteve resposta.

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