21 mil pessoas da comunidade acadêmica podem votar

Está sendo realizada nesta quinta-feira (5), o processo de consulta à comunidade universitária para compor a lista tríplice de escolha do novo Reitor e Vice-Reitora da (2016-2020). O processo eleitoral já está marcado por troca de acusações entre as chapas e acionamento do MPF (Ministério Público Federal) e da Justiça. 

Ao todo, 21 mil pessoas da comunidade acadêmica estão aptas a votar. De acordo com publicação do colégio eleitoral, estão aptos a votar 16.817 estudantes de graduação, 2.002 servidores técnicos administrativos e 1.509 docentes. Ao contrário das principais universidades federais do Brasil, a UFMS não adota a prática moderna do voto paritário. 

O voto dos docentes tem peso de no mínimo 70%, enquanto a comunidade acadêmica e servidores possuem peso de 15%, ambos. Após a consulta pública, é formada uma lista com três nomes, seguindo a ordem de quem obteve mais votos. Como só há dois candidatos à reitoria, um terceiro nome deve ser indicado apenas para completar. O documento é encaminhado ao MEC (Ministério da Educação) que é quem escolhe e homologa o novo reitor. 

Acusações

A chapa Movimento por uma UFMS Diferente e Eficiente – MUDE, que tem como candidato a reitor Marco Aurélio Stefanes, acionou o MPF (Ministério Público Federal) por um suposto ato de improbidade administrativa da atual reitora e do candidato da chapa adversária, Marcelo Turine. 

De acordo com a denúncia, os alunos da UFMS passaram a receber em seus e-mails particulares, matéria de divulgação da chapa ‘Juntos Somos UFMS'. De acordo com o candidato, um dos alunos indagou, por email, quem havia lhe entregue o seu endereço digital. A chapa de situação teria dito ao estudante que os referidos endereços foram disponibilizados pela própria UFMS.

Marco Aurélio narra na denúncia que a conduta de entregar a “mala direta digital” dos estudantes sem a autorização destes é ato de improbidade por parte de Célia Maria e Marcelo Turine, já que viola a disposição expressa da Lei 12.965/2014 (marco civil da internet). Segundo o artigo 7,VII da Lei 12.965/2014 somente pode ser disponibilizados dados pessoais dos usuários da internet com autorização expressa do titular.

Já o candidato da atual reitora, Marcelo Turine acionou a Justiça e a comissão de ética da consulta pública para reitoria, após a distribuição e colagem nas paredes da UFMS, de panfletos com caricatura dele e uma matéria que cita o bloqueio de seus bens. 

Além de acionar a Justiça, por meio da 10ª Vara Cível de , Turine também pediu providências à comissão de ética do pleito eleitoral da UFMS. Os panfletos foram afixados por um dos membros da Comissão Executiva Central, que é ligada a comissão eleitoral e que foi flagrado por meio de fotografias. 

Eleição

O comando da UFMS está sendo disputado por dois candidatos à reitoria, que se enfrentarão em eleição, no próximo dia 4 de agosto. O vencedor vai gerir uma receita de R$ 593.027.134, de acordo com o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional). A UFMS possui o quarto maior orçamento do Estado, perdendo somente para o governo do Estado, a Prefeitura de Campo Grande e o município de Dourados. 

Os candidatos são os professores Marco Aurélio Stefanes (Movimento por uma UFMS Diferente e Eficiente – MUDE) e Marcelo Turine (Juntos Somos UFMS), ambos ligados à Facom (Faculdade de Computação). Em comum, as chapas também tem candidatas à vice-reitora: Alexandra Ayach Anache pela primeira e Camila Ítavo, pela segunda