Cerca de 150 catadores se preparam para reunião no PGE

Catadores criticam forma como o governo tem agido e diz que não querem esmolas

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Catadores criticam forma como o governo tem agido e diz que não querem esmolas

Cerca de 150 catadores de materiais recicláveis acordaram cedo nesta segunda-feira (28) para se prepararem para a reunião prevista entre eles e autoridades do município, do governo do Estado e da Justiça. Marcada para às 9 horas a sessão é a expectativa de um acordo para os trabalhadores. Dois ônibus vão levar os trabalhadores para a frente do PGE (Procuradoria Geral do Estado), localizado no Parque dos Poderes.

Eles querem a reabertura da área de transição do Lixão ou o pleno funcionamento da UTR (usina de Triagem de Resíduo Sólido), que segundo eles, funciona de forma parcial e não dá o sustento digno aos cerca de 500 catadores que ficaram sem trabalho desde o fechamento do Lixão.

Além disso, os catadores devem solicitar na PGE a substituição do defensor Amarildo Cabral, titular da 40ª DPE com atribuições na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que atualmente atende a categoria. Os trabalhadores afirmam que o defensor não tem atendido aos interesses deles. 

Devem participar da reunião desta manhã representantes dos catadores, representantes da Solurb, Defensoria Pública e autoridades do Executivo. A expectativa é que entre esta manhã, e esta tarde, na qual já está prevista uma reunião às 14 horas, com o Procurador do Trabalho do Mato Grosso do Sul, Paulo Douglas, se chegue a um consenso.

Na quinta-feira (24), após ser marcada as duas reuniões de hoje, os catadores deram uma trégua a uma série de manifestações que vinham fazendo. Eles prometeram não fecharem a BR-262, com fizeram durante as últimas semanas, até a reunião desta segunda.

Contudo, disseram que se não houver um acordo voltam com tudo. Para o catador Rodrigo Leão Marques, as soluções tomadas precisam contar com a participação dos trabalhadores. “Dizem que já resolveram nossa vida sem a nossa participação. Têm 300 vagas esperando por nós. Se for isso vamos levantar da mesa e vamos embora. Nós queremos que abra a transição ou trabalhar na UTR (Usina de Triagem de Resíduos Sólidos). A gente só quer trabalhar onde a gente sempre trabalhou”, diz.

Ele critica a forma como o governo tem agido e diz que eles não querem esmolas. “A gente não quer sacolão, ajuda de custo. Eles querem dar esmola pra gente, nunca precisamos disso. Queremos que façam funcionar a usina. Usina não é concreto e aço. Tem que ter material para os trabalhadores”, salienta.

 

 

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