Capital tem 125 escolas de Educação infantil: opções vão de R$ 300 a mais de R$1 mil
Tem escola bilíngue canadense e escola com aulas pros pequenos na piscina
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Tem escola bilíngue canadense e escola com aulas pros pequenos na piscina
O fim do ano vai chegando e não são apenas os pedidos dos pequenos para o “Papai Noel” que começam a ocupar a mente dos pais e mães. Para os pais que têm condições de oferecer o ensino particular às crianças, as pesquisas por escolas com Educação Infantil também costumam aumentar nessa época. Cada vez mais difundido, o ensino infantil é oferecido por 125 estabelecimentos em Campo Grande. A estimativa é do Sinepe (Sindicato dos estabelecimentos de ensino de Mato Grosso do Sul).
Os preços, conforme apurou a reportagem, variam de R$ 300 até mais de R$1 mil. O jornal Midiamax foi conhecer como funcionam dois estabelecimentos com preços, métodos e condições bem diferentes um do outro, e conta pra você como eles funcionam.
Única com ensino canadense em Campo Grande, a Maple Bear – uma analogia à famosa árvore canadense e ao urso que ilustra o símbolo da escola -, funciona há um ano na Capital. Bilíngue, ela promove o ensino com base no método canadense de educação, conforme explicou o diretor administrativo, Guto Dobes Filho, 29. O estabelecimento existe há 10 anos e possui filiais em outras cidades do Brasil, como São Paulo e Mogi das Cruzes (SP). Em Campo Grande, comporta 180 alunos. São 5 salas de aula, cerca de 30 professoras e monitoras, que orientam o espaço, dentro e fora das salas de aula.
“É Maple Bear é uma metodologia canadense, então ela segue a linha canadense de ensino e o Canadá tem a 6ª melhor educação do mundo. A nossa equipe é treinada, uma vez a cada dois meses a gente tem canadenses aqui em Campo Grande, professores que vão pra São Paulo, na central, para participar do treinamento. O diferencial da educação canadense é que ela trata as crianças como indivíduos únicos com preparo para serem cidadãos. O Canadá é um país extremamente educado, extremamente correto porque desde a base é ensinado pras crianças que elas têm que ser cidadãs”, explicou Guto, enquanto mostrava o local.
Nas salas, os pequenos tem toda a estrutura ao alcance da própria altura, onde pareciam ‘transitar’ com segurança e desenvoltura. Todo o tempo as crianças falam a língua inglesa. As professoras também estimulam a linguagem, e era possível ouvi-las fazendo perguntas a todo tempo. “Se você perceber as salas por exemplo, cada sala tem um móvel do tamanho de acordo com o tamanho da criança. Porque a criança vai tirar os brinquedos, ela tem autonomia pra mexer nos livros, e depois, quem vai guardar? Ela. Ela entende que ela é responsável pela organização ao redor dela. E a sala é muito convidativa, todas as salas tem 50 metros quadrados e banheiro dentro da própria sala, então você nunca precisa sair pra levar uma criança no banheiro, não precisa ter essa quebra na rotina”, contou Guto.
“Até os quatro anos não tem o ensino da língua portuguesa porque você não trata de gramática nem nada disso então você não trava em nada o desenvolvimento da criança. A partir dos cinco anos a criança começa a ter a experiência com o português também e à partir do fundamental a gente começa a dividir: metade inglês/metade português. Aí a gente vai entrando nas matérias de acordo com o que o MEC [Ministério da Educação] prevê”, explicou.
Fora de sala de aula, as crianças têm um Ateliê, horta e um espaço onde encontram árvores como Pitangueiras e Jabuticabeiras.”No ateliê tem as aulas de psicomotricidade. A professora Mariana é formada em dança então tem bastante movimentos da dança, tem as brincadeiras ao ar livre pra trabalhar a movimentação e desenvolver a coordenação motora das crianças”, relatou o diretor.
A Maple Bear oferece ensino à crianças de 1 à 2 anos; 3 à 4 anos, 4 à 5 anos e 5 à 6 anos. No próximo ano, abrirá mais uma turma: crianças de 6 à 7 anos serão contempladas. “A franquia exige que vá crescendo gradativamente porque o nível de inglês começa a ficar tão forte que as crianças vindas de outras escolas não conseguem acompanhar o nível de inglês que a gente tem aqui. Por exemplo, eu tenho um franqueado de Mogi das Cruzes que foi pro Canadá com uma criança de 9 anos e lá eles participaram de uma gincana em Winnipeg [cidade na região central do Canadá], com as escolas canadenses, conheceram várias escolas, foi um intercâmbio, ficaram duas semanas. E uma das escolas canadenses organizou uma gincana de soletrar palavras em inglês entre os brasileiros e os canadenses e os brasileiros ganharam. Então o nível de inglês começa a ficar muito forte à partir dos 8, 9 anos de idade e aí por isso que você precisa crescer gradativamente para que essas crianças tenham condição de acompanhar o nível de inglês”, explica Guto.
O preço? Essa informação a gente vai ficar ‘devendo’. Guto adianta que o preço é um pouco maior do que as outras escolas bilíngues da Capital – que variam entre R$1 mil e R$ 1,5 mil -, e explica que os pais podem procurar a escola, para conhecer o espaço e receberem a tão esperada informação.
Aulas na piscina e ensino interativo
Os ursinhos parecem encantar os pequenos, já que outra escola, que também aposta em um método diferente, leva o animal no nome. A ‘Ursinho Panda’ fica no Jardim Panamá. Existe desde 1989, conforme explicou a diretora administrativa Thais Talebi Paulo Lopez, 30, pedagoga e especialista em educação especial. Thais conta que prefere definir a escola como “um negócio familiar”. São 200 crianças estudando no local, atendidas por 20 profissionais. Nas oito salas de aula dividem-se o maternal, Jardim 1, Jardim 2, pré e infantil.
A escola oferece o ensino da língua inglesa, como uma das matérias cursivas. O que chama a atenção, conforme explicou Thais, são as aulas de recreação aquática, uma das modalidades da educação física. “A aula que eles mais gostam é educação física porque bem, Campo Grande é muito quente, e ajuda a desenvolver coordenação motora, equilíbrio. A gente acaba trabalhando esse conteúdo interdisciplinar”, conta. A mensalidade da Ursinho Panda é R$300, contou Thais.
A linha interacionista – baseada em um dos pais da pedagogia, Jean Piaget -, orienta as atividades da escola.”O foco é interagir através do meio, tudo muito do lúdico. Hoje em dia as escolas têm procurado métodos novos”, conta Thais. “Na verdade a gente procura fazer esse trabalho individual, porque cada criança é diferente”, explica. Além das professoras, uma auxiliar também atende as salas, o mesmo ocorre na Maple Bear.
O número de escolas deve aumentar no próximo ano. A presidente do Sinepe, Maria da Glória Paim Barcellos, afirma que “a quantidade deve ser maior considerando que ainda não temos a relação das escolas autorizadas para funcionar no próximo.
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